Sala de Estar

Aproveitei para ir para a sala e descontrair um bocadinho. Era estranho agora não ter de cuidar de Vane o tempo todo.

Tanto eu, como o bebé parecíamos monstros da lama. Vá, nem tanto.. Assim que dei por terminada, aquela sua atividade, achei por bem, voltar lá para dentro. - Acho que nos empolgamos demais.. - Cocei o couro cabeludo.. - Acho.. hum.. vais ter que lhe dar banho..

Olhei para o bebé que estava realmente todo sujo de lama. Acenei com a cabeça - Eu trato disso agora - disso, indo pegar nele ao colo.

Passei-lhe o bebé para o colo e fui lavar as mãos à cozinha. Depois segui para o quarto de Vane, escolhendo-lhe uma roupinha e segui para a casa de banho. Queria realmente ver, como era feito todo aquele procedimento.

O que estava a passar na televisão não podia ser mais aborrecido. Virei-me para o telemovel mas não estava com disposição para teclar com nenhuma das raparigas que tinha conhecido ultimamente - e cujo contacto se baseava apenas assim, ainda.

Sentei-me no seu colo, assim que o vi livre de qualquer coisa. Puxei Vane para cima do meu. - Podemos experimentar uma coisa? - perguntei, erguendo o sobrolho. Só esperava que sim..

Olhei nada surpreendido para Alina - Depende, o que é que queres experimentar?

Sorri divertida. A palavra sexo, constava nas minhas ideias, mas não disse nada, quanto àquilo. Encolhi os ombros e olhei para o bebé. - Hum.. será que.. hum.. podias fazer qualquer coisa com os teus poderes e mostrares ao Vane?

- Não vejo qual é o ponto nisso. Ele não percebe muito do que se passa normalmente, muito menos isto - mas mesmo assim fiz. Uma chama inofensiva apareceu na minha mão.

Reconfortei Vane no meu colo e aproximei-o um pouco da chama. Ele parecia divertido com aquele tudo, dado ao seu sorriso, ter crescido. - Olha o pai, filho.. - beijei a sua face. Ele guinchou e bateu palminhas. Depois juntou as mãos e fez ocorrer uma chama pequenina. - Vês, vês.. eu sabia que ele compreendia tudo!

Olhei par a acena sem me pronunciar. Não gostava que Vane fizesse aquilo. Mexer com o fogo e com a água era algo demasiado perigoso para um bebé fazer inconscientemente - Não vamos habituá-lo a estas coisas.

- Porque não? Ele sabe e gosta de fazer isto.. - encolhi os ombros. A pequena chama das mãos de Vane apagou-se e começou-se a remexer no meu colo. Fiz-lhe uma careta e este riu-se.

- Não sabes isso. É perigoso ele usá-lo inconscientemente - será que ela era burra ao ponto de não ver isso?

Abanei a cabeça. - Está bem, tu é que sabes.. - olhei para o bebé. Eu não pensava bem assim, dado que Vane já me salvara uma ou duas vezes. Mas se calhar nem fora por ter consciência e sim pelo medo. Fosse o que fosse, deixaria aquele assunto de parte. - Vais-me ajudar a fazer o jantar?

Olhei de soslaio - Tu? A fazer o jantar? - perguntei de sobrolho erguido.

- Sim, eu a fazer o jantar! - remexi-me no seu colo e encolhi os ombros. - Não sei que tipo de pergunta foi essa, mas pode parecer que não, mas eu sei cozinhar..

- Não sabia disso - respondi - então sai de cima de mim - disse num tom impaciente.

Nem eu sabia!, pensei para comigo mesma. Quer dizer.. eu sabia algumas coisas e aprendera também um pouco, quando ia ajudar as freiras a preparar as refeições. Bom, toda a maneira, nunca tinha dito, que sabia cozinhar, algo comestível. Mas acho que essa parte não era precisa.. - Não, eu gosto de estar em cima de ti.. - abanei a cabeça. - Leva-nos ao colo! Vá lá, vá lá, vá lá...

- Acontece que eu não gosto de te ter em cima de mim e não há maneira de cozinhar a partir daqui - respondi e abanei a cabeça, negando.

- Se nos levares ao colo, tudo se resolve! - resmunguei. Costumava-lhe assim tanto, levar-nos ao colo? Que totó.. - Quer-me parecer que já te tornas-te foi num fraquinho.. lobinho.. - gozei. Bom, se eu queria que ele me levasse ao colo, mais valia nem lhe gozar G.G..

- Não estás propriamente a convencer-me - para além disso nós eramos sequer amigos para ter essas confianças? Não me parecia.

Puxei-lhe as bochechas e revirei os olhos. - Vá lá.. por favor.. - pedinchei. - Por favor Drakezinho.. leva-nos ao colo!

- Esse ar de queria não te fica nada bem - mas agarrei bem nela e levantei-me. Sim, já não estava tão forte como antes mais ainda conseguia pegar nela.

Ignorei as suas palavras. Sentei-me no sofá com o bebé e acendi a televisão. Não tinha muita fome, mas queria-me deitar cedo e de barriga cheia.

Pûs a pizza em cima da mesinha. Apressei-me a cortar uma fatia do meu lado e abrir a lata de cerveja. Depois sentei-me no sofá e comi.