Quarto do Vane

Quase que fuzilava Drake com o meu olhar e Lissa, parecia que queria fazer o mesmo, que eu bem reparara. Inspirei fundo. Não ia começar a discutir com uma loba de meia tigela, ainda por cima, com Vane ali. - Está bem.. - dei meia volta e saí dali.

Continuei com Vane no colo. Porém, antes de sair, Lissa alcançou-me o braço - como é que és capaz de ter relações com aquela...aquela... brr, Drake ela matou a tua alcateia - resmungou ela num tom amargo.
A verdade é que eu não lhe devia explicações - As razões só a mim me dizem respeito. Não te metas na minha vida - depois desci para a cozinha.

Vane estava a tornar-se cada vez mais pesado, isso, eu tinha que admitir. Embalei-o nos meus braços e assim que adormeceu, coloquei-o com cuidado no berço. Tapei-o. Fiz os possíveis para ver se estava tudo perfeito, somente para ele. Andei uns passos para trás e visualizei-o uma vez mais. Depois, desci.

talvez faça uma terceira parte, uma quarta parte, ou até mesmo uma quinta parte.. if u know what i mean..

O bebé dormitava quando lá cheguei mas depressa acordou. Peguei nele e brinquei com ela para o fazer despertar.

Troquei o pijama de Vane por uns calçõeszinhos. Estava um dia de calor e Vane parecia mais do que entusiasmado para ir lá para fora brincar. Por isso fomos.

vou almoçar. não sei se consigo voltar rápido

Fui ver do pequeno. Ele sempre me acalmava e isso era algo de que preisava naquele momento. - Hey campeão... - disse e peguei nele ao colo.

Por estar cansado, sentei-me no sofá com o bebé no colo.
Passado alguns minutos, já ele dormia e eu adormeci também.

Assim que cheguei ao quarto, já ambos dormiam. Encolhi os ombros. Estavam tão bem ali, que nem quis acordar, mas.. hum.. eu precisava de falar com ele e não podia ficar para amanhã. Baixei-me o suficiente, até ficar ao seu nível e abanei-o.

Abri os olhos lentamente. Lá estava Alina.
- Hum, sim?

Cocei o couro cabeludo. O que tinha mesmo ido ali fazer? Abanei a cabeça e parei com pensamentos estúpidos. - Podemos conversar?! - perguntei. Sim, precisávamos mesmo conversar.

- Hum... - assenti ainda sonolento e levantei-me com cuidado para não acordar Vane. Deitei-o no berço.

Puxei-o para longe do berço e depois encarei as minhas mãos. Não sabia por onde começar. - Ham.. isso das parceiras é muito importante? - duvidava que não fosse. Drake não parecia o tipo de gajo que quisesse gramar com a mesma gaja, dias e dias.. Abanei a cabeça. - Se eu aceitasse.. hum.. o que.. o que acontecia?! - mirei-o.

Se era muito importante? Era simplesmente o marco mais importante na vida de um lobo.
- É.
Não queria mesmo falar disso. Ela já me odiava.
- Formava-mos um elo. Serias a única rapariga dos meus olhos, a minha parceira. Teria de te amar incondicionalmente, nunca mais haveria ninguém para mim, até ao fim dos meus dias.... já tu...bem, sentiria fortemente a atracção física, coisa que já deves sentir mais ou menos agora. Mas como és humana, o teu vinculo fará apenas com que me ames mas podes sempre sentir uma pequena atracção por outros machos. Se bem que é raro.

Aquilo era tudo tão estranho, mas ao mesmo tempo deixava-me fascinada. Acabei por corar imenso. - Ham.. - passei as mãos pelos meus braços. Nem sabia porque é que eu ainda me interrogava quanto àquilo. Eu queria-o cada vez mais e pronto.. - Está bem.

- Está bem?
Não, nem pensar. Ela não saia naquilo que se estava a meter.
- Alina, tu odeias-me. E com esta ligação toda vais amar-me. Caramba, é um vinculo eterno que não poderás desfazer uma vez feito.

- Eu odeio-te mais ou menos. - revirei os olhos. Quantas vezes eu teria de repetir aquilo? Além do mais, não era aquilo que ele queria? Então pronto.. eu até tava a aceitar de bom agrado, logo, não havia o porquê de tanta conversa.

Revirei os olhos. Era ódio.
- Não quero que aceites isto só por aceitares. Esta pareceria é algo muito importante.

Sim, aquilo parecia algo muito importante. Mas se era para andar com fogo nas ventas e super atraída por ele, mais valia meter o ódio todo de parte e aceitar aquilo. - Não estou a aceitar só por aceitar.. porra... - cruzei os braços ao peito.

- Então diz-me porquê. Porquê que estás disposta a tornares-te minha parceira? - era tudo o que eu precisava de saber para avançar.

Porque é que tinha que haver um porquê?! Mordi o lábio inconscientemente e encolhi os ombros. - Porque.. porque.. ham.. - não sabia o que falar. - Oras, porque sim.. não interessa o motivo! - revirei os olhos. - Tu complicas tudo.. - murmurei. Tudo, tudo e tudo!

- Para mim interessa o motivo. Não vou dar o passo em frente sem ele.
Disse. Não podia nem ia.

- Então não dês! Quero lá saber.. - resmunguei, mas arrependi-me logo, já que o bebé estava a dormir. - Não tenho que dizer nada, faz o que bem quiseres.. - murmurei.

Pois bem, não o faria. Passaria o próximo mês a tentar ignorar a atracção imensa que sentia por ela. Se isso não resultasse, tinha de me mudar por uns dias.

Dei-lhe um murro no braço, chateada com aquilo. - O que é que queres que te diga?! Eu aceitei ser tua parceira, isso devia ser o suficiente! - suspirei. Eu não ia mesmo aguentar aquela atração por ele. Estava-se a tornar cada mais pior..

- Não pode ser. Tenho de ter a certeza que não te vais arrepender disto mal o faças. Preciso de um bom motivo, isto vai mudar a minha vida! - disse exasperado.