Piscina Pública

- Porque não estou com vontade de ir para a água. - encolhi os ombros. - Estou mais interessada em ficar com mais cor do que propriamente me molhar.

- Ai, estás a tentar bronzear-te?
Perguntei com um sorriso divertido. Ela realmente tinha uma pele pálida.

- Sim e não.. bah.. - fiz uma careta. Eu só queria aproveitar o sol, o dia e isso tudo. Além do mais, o Verão estava quase a chegar e em Strange, que eu bem me lembre, era sempre uma época cheia de calor e muito sol.

- Está bem, como queiras. Tem cuidado com os escaldões.
Gozei, imaginando.a já toda vermelhinha.

- Vou ter com cuidado, não te preocupes. - revirei os olhos. Ao contrário dele e do filho dele, eu era apenas uma branquelas que.. hum.. ficaria mesmo muito vermelha, caso isso acontecesse. Mas, eu sempre tivera cuidado e não iria deixar de o ter. - Não é desta que me vês lagosta!

- Se isso acontecer, está descansada, eu entretenho-te até a dor passar...
Comentei num tom malicioso.

Corei intensamente, assim que ouvi aquilo. - Ham.. não.. não vai haver dor nenhuma.. e não vai ser preciso nada disso. - encolhi o meu corpo. Já estava a começar a ficar toda atrapalhada que era melhor ficar calada. Toquei na minha face.

- Mesmo que não seja precisa, eu faço-o...
Claramente que faria. Mal podia esperar para estar sozinho com ela.

- Se não o fizesses, até eu me admirava. - comecei-me a rir e afaguei os cabelos do pequeno. Agora ainda mais, o meu corpo sentia uma forte atração pelo seu. Voltei a pousar a cabeça no seu peito e tentei relaxar. - Daqui a pouco temos a consulta..

- Eu sei... mas apetecia-me ficar aqui até ao entardecer...
Murmurei, procurando a sua mão e juntando-a à minha.

Eu derretia-me toda, quando ele dizia coisas daquele tipo. Olhei para as nossas mãos juntas e mordi o lábio, ao recordar a noite anterior. Tinha sido fantástica e com toda a certeza, a melhor noite que eu tive e que alguma vez eu iria ter. - Pois.. mas não dá. - beijei o seu pescoço. - Mas depois da consulta, sempre podemos ir almoçar a algum sítio e voltar a passear. - se bem que eu queria passear e era em outras coisas, pensei.

- Sim, claro. Mas tenho preguiça de sair daqui.
Revelei, no meu tom sonolento.

Tateei o seu peito com uma das minhas mãos e beijei o seu pescoço. - Não tens nada.. - resmunguei. - Nem sequer penses em dormir aqui, ao sol.. ainda por sem protetor!

- Isso a mim não me afeta, Alina. Sabes muito bem.
O Sol não me queimava tão bem, devido à pele resistente.

- Não interessa.. tens de dar o exemplo! - sorri. Não só pelo exemplo que ele deveria usar o protetor, era mesmo por o querer ver branquelas e eu ter o maior gosto em ajudá-lo a pô-lo. Abanei a cabeça e voltei a sentar-me como deve de ser. - Mete lá.. eu ajudo..

- A quem? A ti? - perguntei no gozo - A sério, não preciso. Sou moreno por natureza, o sol não me faz mal...

- És um preto.. - mostrei-lhe a língua. Saquei o protetor solar da minha bolsa e espalhei-o pelas minhas mãos. Rapidamente aproveitei para barrá-lo no seu peito e seguidamente sujar a sua face. - Toma..

- Sou moreno, está bem diferente. Nunca viste um lobisomem pálido, pois não? - gozei - eww, não gosto disto.

- Não.. lobisomem acho que ainda não vi. - fiz um ar pensativo. Pálido, pálido, só me tinha visto a mim e aos vampiros que acabara por conhecer. O que nem eram muitos. - Não interessa. - fiz uma careta. - Meto-o nas minhas costas. Vá, vá..

- Nem vais ver. Os vampiros são brancos, nós somos morenos. É sempre assim - disse, rindo-me. Espalhei o creme branco para não parecer mal. Peguei no creme e espalhei-o pelas costas dela.

Enquanto isso, fui brincando com as mãozinhas do bebé. Ele já estava sequinho, pelo que acabei por lhe voltar a meter o se chapéu na cabeça. - Queres comer é? - perguntei-lhe, já que olhava muito divertido para dentro da minha mala, mais propriamente, para o seu biberão. Acabei por me rir e pegar no objeto, levando-o às suas mãos.

Beijei o pescoço dela, já que estava virada de costas para mim. Depois abracei-a por trás e observei-a a brincar com o nosso filho.

O meu corpo reagiu ao seu toque, arrepiando-se. Beijei a sua face e voltei a prestar atenção ao bebé. Vane tentava a todo o custo beber todo o leite que estava no seu biberão sem qualquer tipo de ajuda. E até que se estava a desenrascar bem.

Ri-me coma habilidade de Vane. Isto é que era fome.
- Temos de fazer tantas perguntas ao pediatra sobre o crescimento dele.

Vane apesar de tudo, acabou por se babar todo. Apressei-me a esticar-me para a minha mala e tirar um lenço de papel. Limpei a sua boca. - Sim.. - encolhi os ombros. - Os livros ajudaram, mas não dizem tudo, tudo..