Sala de Estar

- Está bem.. - sorri abertamente. Mesmo sonolento, continuava a ser uma coisa linda. Abanei a cabeça e fiz sinal para o ter no meu colo.

Passei-lhe Vane e fui até à cozinha preparar o bibe~roa. Quando voltei, passei-o a ela.

Peguei no biberão e delicadamente coloquei-o na boquinha do bebé. Vane tratou logo de o agarrar e o puxar totalmente para si. Com aquilo tudo, fui-me sentar no sofá.

Aquilo até poderia parecer normal e pensei que talvez fosse capaz de me habituar. Ainda era cedo para o saber ao certo, afinal de contas as cosias entre mim e Alina acabam sempre por ficar arruinadas.

Quando Vane acabou com todo o conteúdo do biberão estiquei-o a Drake. Depois coloquei o bebé para arrotar e mal o fez, começou logo a remexer-se no meu colo.

Pousei o biberão na mesa da sala - Estava a pensar que podíamos sair esta tarde, ir dar um passeio com ele.

Era uma ótima ideia, que eu mesma já tinha pensado. Abanei a cabeça. - Sim.. parece-me bem.. - sorri. Mas depois lembrei-me.. - Ham.. mas antes podemos passar pela farmácia?! Tenho que ir buscar uma nova caixa, dos meus medicamentos.

Abanei a cabeça afirmativamente - Sim, claro - Não custava nada ir até à farmácia - Estás a levar a medicação a sério?

Sentei o bebé no sofá e puxei um boneco que estava para ali espalhado para o pé dele. Olhei para Drake. - Sim.. eu prometi à madre que ia respeitar a medicação. - encolhi os ombros.

- Também prometeste à madre que não ias ter sexo? - perguntei curioso, com um ligeiro tom de gozo.

Sinceramente, eu não via qual era a piada daquilo tudo, para ele se por com aquele tom. Cruzei os braços ao peito e assenti com a cabeça. - Mais ou menos..

- Ah, hum, mais ou menos? - perguntei ainda mesmo mesmo tom de gozo - não te esqueças do tratado que fizemos ontem.

- Sim, mais ou menos, ou tu és surdo?! - Revirei os olhos. - O que tem o nosso tratado a ver com eu fazer ou não sexo?! - só depois é que me lembrei e aí corei imenso. - Pash.. isso..

- Não penses que me vou esquecer das implicações, Alina - respondi num tom malicioso e saí para o meu quarto.

Observei-o a sair da sala, completamente de boca aberta. Pisquei imensas vezes os meus olhos e seguidamente virei-me para Vane. Aquele assunto seria discutido pela minha cabeça, mais tarde. Peguei no boneco do bebé e pus-me a brincar com ele.

Quando Vane começou a ficar ligeiramente resmungão, peguei-o ao colo e levei-nos até ao seu quarto. Troquei a sua fralda e fui procurar uma roupa para ele vestir.

Pousei a cadeira em cima do sofá e mirei a pequena. Sem dúvida que o meu filho era mil vezes mais bonito que a dela.. Revirei os olhos. Não era alturas para aquelas pensamentos. Peguei em Vane. - Pois.. e eu não posso ficar aqui a cuidar de dois bebés.. - sendo que um, nem meu filho era!

- Só demoro uma hora, não muito mais - olhei para ela - É essa opção ou ter de ficar aqui com a bebé o resto dia. O que é que preferes?

Aquilo era tudo desejo de se querer ver livre da bebé, ou era tudo para voltar a ver Kim?! Bom, não interessava.. Fiz um ar pensativo. - Eu não me importo de a ter cá. - sorri. Claro, aí não terias que ser comida pela sua pessoa, porque estaria ocupada de mais com os pequenos, pensei comigo mesma.

Pois, mas a mim importava-me. Não era nenhuma babysitter e Kim, quer quisesse quer não, ia ter de ouvir umas quantas coisas vindas de mim - O cheiro dela ainda é recente, ela esteve cá à pouco tempo. Posso segui-la agora mesmo.

Suspirei. Não lhe ia conseguir tirar aquela ideia, da cabeça, sabia que não ia.. - Está bem.. faz lá isso.. - passei uma das minhas mãos pela cabeça. - Mas não te demores..

- Não demorarei - dei um beijo na cabeça de Vane e saí porta fora novamente. Porém, antes de sair lancei um sortilégio pela casa. Se houvesse perigo, eu sentiria logo e viria de imediato.

E pronto, agora era só eu, o Vane e bom.. e Ania. A bebé era realmente sossegada. Até Vane adormecer não fizera barulho nenhum e felizmente, não me rejeitara, quando pegara nela.

Apesar de tudo, a confiança com aquele bebé era pouca. Não me era nada, pelo que me limitei apenas a cuidar dele, nada de mais ou outra coisa qualquer que se pudesse assemelhar ao que eu fazia com Vane. Assim que Ania adormeceu, pude finalmente relaxar e esticar as pernas no sofá. Só espera que um não acordasse aos berros e fizesse acordar o outro.

A vida de um bebé devia ser uma maravilha! Apressei-me a tentar calar aquela maldita pequena, antes que ela acordasse o meu querido bebé. Mas às tantas já Vane começara a chorar e o raio que partam! Eu sabia que aquilo não era boa ideia. Caguei-me para a miúda e foi ter com o meu careca..