Gruta Escondida

Estava a dar uma volta a correr quando me deparei com o estranho sitio. Desviei-me do caminho onde seguia e caminhei até à entrada nas rochas. Lá dentro estava um pouco escuro. Problemas para humanos, pensei, já que eu conseguia ver tudo razoavelmente bem. Decidi entrar cada vez mais naquela gruta e e explorar um pouco.

Às tantas já tinha entrado na floresta e acabei por me perder. Que novidade. Tirei o telemóvel do bolso, mas por incrivel que pareça, naquele sítio não havia àrea, sequer. Continuei a caminhar até entrar numa gruta e estupidamente bati contra alguém.

Não me assustei. Fosse o que fosse que me tivesse batido não passaria de animal. Até que me virei e dei de caras com Alina. Afastei-em um passo atrás e praguejei - Raios, moça, olha por onde vais.

Revirei os olhos. - É muito fácil falar quando consegues ver tudo. - Voltei a caminhar, desta vez com as mãos bem à frente do meu corpo, de forma a puder tocar em tudo.

Revirei os olhos e observei-a. Só me dava vontade de rir. Pensei em sair dali para fora, com alguma sorte ela perderia-se por ali ou magoava-se. Seria um bom castigo. - Sabes ao menos por onde vais? - Perguntei, com o gozo bem presente. Não a podia deixá-la por ali assim. Maldita fosse a minha consciência.

- Claro que sei, não se nota?! - ri-me e continuei a caminhar até bater contra uma parede. Dei uns passos atrás e voltei a bater contra outra coisa. - Bah..

Acabei mesmo por me rir.
- Se assim continuares ainda vais acabar por cair em algum lado. - Avisei,mantendo-me imóvel no mesmo lugar.

- Isso não é uma grande novidade para mim. - parei um pouco e liguei o telemóvel, tendo assim um pouco de luz. - Devia ter pensado nisto mais cedo. - fiz uma careta e caminhei até ele. - Já tás bem.. cool..

Revirei os olhos.
- Claro que estou bem - Respondi secantemente - E tenho preferências de manter assim.

- Fixe.. assim podes continuar a ser a minha boia idiota. - atirei-me para cima do seu colo e beijei a sua face.

O meu instinto animal levou-me a agarra-la fortemente e deixei que ela se segurasse nos meus quadris. Virei-nos e fi-la embater levemente contra parede prendado-a ali. Talvez isto a assustasse. - Porquê que tu ages como que se não vivesses num mundo de loucos?

Sorri abertamente. - Eu não vivo num mundo de loucos.. - apertei os seus quadris e fiz um ar pensativo. - Não sei. Acho que é mesmo do meu ser..

Ou talvez seja por que és louca, pensei mas não ousei dizê-lo alto.
- És a única humana que ainda não vi ficar histérica por conhecer coisas que os outros não devem saber... - o meu tom era baixo - Mas também não tentas fazer segredo do que sabes.

- Com uma família de caçadores querias que eu ficasse histérica com o quê? - fiz uma careta. - Ao longo dos meus dezassete anos já assisti a tanta coisa, que tu, és um dos seres menos ''horrível'' com quem já socializei.

- Pois, realmente...
Acabei por me rir. Antes tivesse sido para mim também assim.
- "Menos horrível" ? Não há muitas coisas piores do que os lobisomens.

- Eu sei que não há, mas bem.. deixa lá, também não interessa. - olhei para o tecto daquela gruta e depois desviei o meu olhar para si. - Vais-me soltar ou vamos continuar assim?

Eu tinha sempre razão.
Juntei o meu corpo um pouco mais ao seu, diminuindo o pouco espaço que ela tinha - Eu cá podia aproveitar. Ninguém sabe onde estás, eu sou mais forte do que tu... Hum, que achas? - murmurei ao seu ouvido, alterando o meu tom de voz para algo mais perigoso.

- Quem te disse que ninguém sabe onde estou? - ri-me e encolhi os ombros, no pouco espaço que ainda me restava. - Mas... - ainda exitei um pouco. - Tudo bem..

- Moça, estás perdida dentro de uma gruta. Algo me diz que vieste aqui parar sem quereres. E eu tenho sempre razão...
Exibi o meu melhor sorriso (não necessariamente o mais inocente). - Tudo bem? Então estará tudo bem se eu fizer isto... - Apalpei o seu rabo e depois subi com as minhas mãos até à sua cintura, entrando para dentro da camisola. Só queria que ela ficasse assustada, não pretendia fazer nada de mais.

- Hey, tu não tens sempre ra.. razão. - engasguei-me mal senti o seu toque. - Ok.. eu não pensei que fosses mesmo capaz de fazer isso.. és mesmo tarado! - acusei-o num tom divertido.

- Tenho sim...
Calei-a com um beijo bruto nos lábios - Ainda bem que estás divertida. Eu também me quero divertir. - Então, quando é que ela ia começar a tentar fugir?

- Então diverte-te.. - Chupei o seu lábio inferior e coloquei um sorriso malicioso nos lábios. - Ham.. se.. se me estiveres a tentar assustar, fica a saber que só estás a fazer o contrário.

Raios!
- Ah, se não estás assustada então devo assumir que queres que eu faça sexo contigo? - Respondi irritado.

Pensei um pouco quanto às suas palavras. - Eu não falei em sexo.. hum.. mas não esperes que seja estúpida ao ponto de não aproveitar o que quer que seja. - fiz uma careta. - Posso ser virgem, mas não sou assim tão burra.