Empresa JR.White

Não recebi qualquer resposta, então bati pela segunda vez já a bufar para o ar.
- Está aí alguém? - Perguntei.

Quase que me engasguei, quando me apercebi de quem era aquela voz tão familiar. E agora? Sim, era uma boa pergunta.. - É a mãe do meu filho.. - suspirei. - Se calhar veio falar disso.. eu.. ham.. desculpa.. - abanei a cabeça. Mas como é que ela tinha descoberto que eu trabalhava ali? Nunca lhe dissera nada.

- Hey, nao faz mal - dei.lhe um beijo e sai do seu colo - havemos de arranjar maneira de resolver esse probleminha mais tarde - olhei para a o seu membro e ri.me - eu espero la fora - vesti.me rapidamente e peguei nas pastas - quando quiseres a minha companhia, é só chamares - dei.lhe um ultimo beijo antes de destrancar a porta

O problema era que eu queria que o probleminha, fosse resolvido naquele momento. Não queria falar de filhos, nem rever Zoey ou sentir a sua presença, naquele momento. Ainda me sentia em choque, com aquela notícia toda. Eu ia ter um filho, da rapariga que um dia, eu tivera um sentimento especial e diferente. Merda, merda, merda.. eu nunca aprendo.. Apressei-me a arrumar as calças e a por-me mais ou menos bem vestido, para que pelo menos, não se notasse grande coisa.. O que parecia impossível, pensei. Sentei-me na minha cadeira e olhei para a porta.

- Tem calma, vai correr tudo bem - sorri para o acalmar - ou queres que fique ? - perguntei com a mao na maçaneta - nao que tenha alguma coisa a ver com a tua vida mas se te sentires mais seguro e mais calmo, eu posso fingir ver algumas pastas

Ia-me sentir muito mais calmo se Alana ali estivesse.. e bom, certamente que assim que Zoey se fosse embora, até era mais rápido de ser aliviado.. Abanei a cabeça e tentei tirar aqueles pensamentos da cabeça. - Faz o que quiseres.. - encolhi os ombros e suspirei.

- Está bem, relaxa - sorri e abri a porta - pode entrar - disse para a rapariga e fui para junto da estante onde tinha umas estantes e fui organizando.as, arrumando as pastas devidamente para ele, talvez assim ate fosse mais facil para ele quando procurasse as coisas

Mal vi Spencer e a outra loira que não me era estranha fiquei paralisada por momentos.
A sério? a sério que a minha sorte dá para tanto azar? logo ele...
- Ham... és tu o gestor da empresa certo? provavelmente devo-me ter enganado no gabinete - Disse um pouco atrapalhada desviando o olhar da sua cara.

Quase que me caí da cadeira a baixo, como aqueles bonecos de televisão. Então.. ela só viera aqui, por causa de uma gestão? Menos mal, acho.. Peguei na minha garrafa de água e beberiquei um pouco do seu conteúdo. - Eu sou chefe da empresa.. gestor.. eu sou tudo.. - fiz uma careta. - Mas isso quer dizer que vieste aqui por causa de.. hum.. gestão? - na realidade acho que até me sentia mais nervoso, agora, do que se fosse para falar do bebé que ela carregava.

Entrei então no gabinete e evitei sentar-me. - Sim... quero validar os papeis da minha casa nova... quero colocar tudo em meu nome. - Disse um pouco nervosa. - Ham... tens água? - Perguntei.

Quase que me afundei naquela cadeira. Então era mesmo verdade. Ela não fora ali para falar do que quer que fosse, que eu tivesse pensado. Fiz sinal a Alana.. - Podes trazer-lhe um copo de água, se faz favor? - pedi educadamente e seguidamente olhei para Zoey.. - Isso.. ham.. - Que haveria eu de lhe dizer? Que não era aqui que se fazia aquilo? Não, isso seria ser cobarde.. - Ham.. Tenho um excelente rapaz que pode tratar-te disso.. - cocei o couro cabeludo.

- Claro Sr. Jonas - sorri e fui até à maquina da agua junto do gabinete. depois de ter enchido o copo com agua natural, voltei ao gabinete, entrgando o copo de agua - aqui tem, deseja mais alguma coisa ? - perguntei, tentando ser simpatica

Enfim, já devia estar habituada a ser despachada sempre que o encontrava mas desta vez tinha ido aos meus limites. Aumentei o meu tom de voz irritada com a situação e argumentei:
- Sabes, estou farta que me despaches o cu sempre que tento estar contigo, não é que queira estar contigo mas fogo, tu és o pai do meu filho devias-te preocupar um pouco mais e ser mais simpático, ah já me esquecia, tu não tens coração tu és uma pedra a rolar por aí que de vez em quando arranja alguém para mamar no teu brinquedo. Estou farta que me trates como lixo que ignores o que já passámos juntos, e não quero voltar ao que éramos nem tentar porque o que senti por ti morreu aqui mesmo, diverte-te com o teu emprego que ainda me custa a acreditar que o conseguiste com essa mentalidade de rato. Ao menos arranjaste alguém com cabeça pelos vistos, vê lá se também não lhe dás um murro. - Saí e bati com a porta com força fazendo com que os empregados ficassem a olhar para mim.

Eu sabia que estava a agir estranho, mas não era preciso aquilo. Ou então era.. Mordi o lábio com força. Já tinha feito merda, como sempre. Encostei a minha cabeça à mesa e fechei os olhos. Eu de facto até merecia aquelas suas palavras.

pousei o copo a sua frente e pus.me de cocoras - bebe, vai.te fazer bem - acariciei o seu braço e olhei para a porta - ela nao quis dizer aquelas coisas, ela apenas estava chateada e enervada - tentei acalma.lo ou talvez fosse melhor ficar calada. estava a pensar o que seria melhor

- Não quero.. - Afastei o copo, deixando-o cair ao chão e vendo-o partir-se em bocados. Suspirei e apoiei a minha cabeça nas minhas mãos. - Ela quis dizer isso sim.. estava de cabeça quente, mas eu sei que ela tem razão.. eu já fiz tantas coisas horríveis e perdê-la foi a pior.. - e depois quando ela falou do murro, aí fiquei totalmente afetado.

fechei os olhos com força quando o copo se partiu, espalhando vidros por todo o lado - eu vou buscar alguma coisa para apanhar os vidros - disse e levantei.me - tem cuidado para nao te cortares. - disse e levantei.me - se queres assim tanto porque nao vais atras dela ? - perguntei antes de ir buscar um caixote

O problema é que eu não queria nada. Tinha enterrado Zoey há meses e não iria voltar a sofrer por tal mulher. Mas de certa forma magoava-me um pouco, vê-la reagir e atirar-me coisas à cara e daquela maneira. - Deixa estar.. a empregada limpa.. traz-me algo forte.. - encostei-me à minha cadeira e suspirei.

Spoiler:

Suspirei e fui buscar uma bebida forte como ele tinha pedido. pus a garrafa a sua frente e ajoelhei.me no chao a apanhar os cacos - e melhor nao deixar isto aqui - disse - ainda por cima se te vais dedicar a essa garrafa que te fui buscar

Eu podia muito bem dedicar-me exclusivamente àquela garrafa, mas sabia que não o faria. Dei o primeiro gole e encostei-me à cadeira. Fechei os olhos.. - Mais tarde, volta cá novamente.. ainda preciso de ser aliviado..

Olhei para ele e suspirei - claro chefe - levantei.me com os vidros e fui deita.los no lixo, voltando ao meu trabalho. tinha ficado tudo atento aquele mini espetaculo, tinha ficado tudo em choque com aquela saida mas tambem nao era para menos. ignorei os olhares e sentei.me na minha secretaria envolta no meu trabalho

Encolhi os ombros e dei mais um golo naquela garrafa. Não me iria embebedar. Era demasiado estúpido para não o fazer. Peguei no meu casaco e fui até à saída da empresa, fumar um cigarro. Depois voltei, muito mais bem disposto.

Reparara pelo canto do olho que saira. Não disse nada, visto ele tambem nao o dizer. quando voltou e entrou no escritorio, levantei.me e segui.o - já me queres agora ? - perguntei, engolindo em seco

Encolhi os ombros e cruzei os braços ao peito.
- Oh.. acho que sim..

- se nao tiveres com vontade, podes sempre chamar uma das tuas amigas - encolhi os ombros, ficando a olha.lo e cruzando os braços como ele tinha feito - a escolha e tua