Sala de Estar + Sala de Jantar

- Ham, sim, que piada. Merecias mesmo uma dor verdadeira agora - respondi, retribuindo o tom irónico.

- Tu é que disseste que eu podia dizer-te o que sentia. - fiz uma careta. - Logo, eu disse. - sorri abertamente, ou pelo menos tentei sorrir. - Além disso, o que é que isso te interessa mesmo?!

- Tens razão. Não me interessa para nada, nada mesmo! - respondi num tom desinteressado e desviei o olhar.

- Então não te ponhas com coisinhas. - Revirei os olhos e sentei-me no sofá. Cada vez mais, me sentia bastante desconfortável.

Levantei-me subitamente e comecei a andar de um ado para o outro O tempo parecia que não passava e estava a odiar estar naquele impasse.

Segui-o com o olhar e suspirei aborrecida. Encostei-me ao sofá e afundei-me praticamente nele, enquanto cruzava os braços ao peito. - Importas-te de parar quieto? Estás-me a deixar tonta.. - abanei a cabeça.

- Então porquê que olhas para mim? Olha para outra coisa e deixo de te incomodar - respondi mal humorado.

- Porque tu estás na minha casa, logo.. entendes ou queres que te faça um desenho?! - fiz um ar irónico. Peguei no comando da televisão e acendi a mesma.

Aquilo não me importava minimamente. Estava na sua casa mas não era seu convidado nem nada do género. Era simplesmente... que raios era eu?

Olhei para Drake, aborrecida. Mas ele ia mesmo ficar ali, não era?! Desliguei a televisão e com cuidado saí do sofá. Subi até ao andar de cima e entrei no quarto do meu tio.

Suspirei assim que ela saiu da sala. Porquê que era tão difícil darmo-nos bem? Sim, porque esta súbito ódio já vinha muito anterior a eu matar o seu tio. Caraças... sentei.e no sofá.

Entretanto mantinha-me ligado à alcateia. No fim, Lissa provara estar do meu lado e tinha-a agora em grande estima. Por sms e chamadas, ela mantinha-me a par das coisas que aconteciam como o facto de naquele preciso momento estarem a dirigir-se dois caçadores para esta casa.

Tentei chegar o mais rápido que conseguia até à sala. Assim que desci as escadas, dei-me de caras com a porta de casa arrombada e com dois caçadores. Não os reconheci logo à primeira, mas sabia que não eram do meu sangue.

Como previsto, lá estavam os dois novos caçadores. Esquivei-me da seta de prata que um deles mandou, logo que entrou. Esbarrei-lhes passagem para chegaram até Alina. Era por ela, ou melhor, pela bebé, que eles estavam ali. Só então percebi que a loira estava ali - Sai daqui antes que leves com o fogo cruzado - e dito isto interceptei por sorte uma outra seta que tinha como destino Alina e não eu.

Quando cheguei lá a baixo a coisa já ia bem adiantada. Até setas eles já começavam a atirar! Olhei para Drake e acenei com a cabeça. Comecei a subir as escadas, o mais rápido que conseguia, foi então que mais uns quantos caçadores apareceram. - Apanhem-na.. temos que ter o sangue desse bebé! - engoli em seco e fui-me esconder num dos quartos.

Caramba, Lissa só me avisara de dois! mas agora já eram cinco e disparavam munições vindas de toda a parte. Pûs-me nas escadas e bloqueei os ataques, dissolvendo quaisquer balas ou setas com o fogo mas não sabia quanto tempo podia continuar assim.

Não conseguia reter o poder durante muito tempo da mesma maneira. Por isso parei e esquivei-me por momento. Já só estavam ali quatro caçadores... Dei um soco a um e um pontapé noutro porém não consegui evitar que um terceiro me apunhalasse no braço.

Dei uma cotovelada no homem que me apunhalou e esfaqueei-o com ela. Nada de Drake bom agora. Fiz o mesmo com o outro que se mandou contra mim. Durante todo este tempo limitava-me a ignorar a dor lacinante que sentia no braço. Tentei usar novamente o meu dom do fogo e distraí os outros dois com isso. Depois subi rapidamente, apavorado com os gritos de Alina.

Uma hora antes pedira ajuda aos lobos para me ajudarem a livrar-me dos corpos. Apenas e apenas a Jon permitira que segurasse em Vane enquanto eu me desenvencilhava do último corpo. Depois com o poder revitalizante da água limpara o sangue que tinha nas minhas vestes. Após aquele tempo todos eles se foram embora mas ficaram no exterior, a patrulhar. Sentia-me grato por isso.
Sentei-me por fim no sofá com o pequeno nos braços. Ele dormia e eu não evitei e fi-lo também.

Desci lentamente as escadas. Não me apercebera que Drake tinha adormecido ali no sofá, juntamente com o bebé, apenas soube, assim que fiquei frente a frente com ele. Toquei-lhe levemente no ombro. - Se quiseres podes ir dormir para o meu quarto. - murmurei, enquanto mirava Vane..

Acordei de imediato. Fiquei agradado ao vê-la com um ar menos frágil - Hum, não... bah, não era suposto ter adormecido - acabei por dizer - queres pegar nele?

- Oh, tu lá sabes.. - Afastei-me um pouco dele e voltei a olhar para Vane. Por uns segundos, passou-me a pergunta estúpida, se deveria ou não pegar nele. Sentei-me ao lado de Drake. - É.. - cocei o couro cabeludo. - Tá bem..

Suspirei e passei-lhe o bebé com jeitinho.
- Esta noite estará tudo seguro. Tenho os lobos a vigiar - disse, pensando que ela talvez quisesse saber.


vou ter de ir.
volto domingo à noite x)

Tê-lo nos braços era uma sensação tão boa e tão rica.. - Hum.. tudo bem, então. - não lhe iria dizer que não era preciso, que assim, que assado. Acho que já nem valia a pena. E depois, com os acontecimentos recentes, não me iria pronunciar.

u_u ok, até domingo, então!

Olhei para ela com o pequeno Vane nos braços. Nenhum de nós sabia como era ser-se um pai. Por agora a única coisa que sabia que tinha de fazer era proteger e era algo que faria com tudo o que pudesse. Por isso levantei-me do sofá. Alina parecia aparentemente estar tolerante, mas no fundo eu sabia que ela ainda me odiava de morte e ao resto dos lobos também. Provavelmente nem me queria por perto e por agora ainda lhe poderia fazer a vontade, apesar de não querer - Precisas de alguma coisa? - Perguntei antes de decidir de saía de casa ou não.