Quarto do Drake

Empurrei-o contra a parede e fi-lo olhar-me. - Posso não ter nada a ver com isso, mas não gosto de ver as pessoas a chorar! - suspirei. - Não te peço para me contares o que se passa, mas se quiseres chorar, então chora. Mas também se quiseres ir embora, está à vontade. - afastei-me.

- Eu quero que te vás embora. Quero ficar sozinho - respondi num tom irritado - Vai matar homenzinhos vai foder o outro vai fazer o que tu quiseres mas não te metas na minha vida! - eu não estava em mim, não sabia o que queria ou sentia. Era tudo caótico.

Fiz um esforço para segurar as lágrimas. Dei-lhe uma bofetada.
- Nunca mais me fales assim! - gritei-lhe. - Fica aí sozinho.. aproveita e morre!

Mantive o meu maxilar cerrado. Eu limitara-me a dizer a verdade.
- Isso querias tu não era? Que eu morresse. - Revirei os olhos e virei-lhe costas.

Ele era um estúpido, por pensar aquilo. Não valia a pena responder-lhe. Ele não queria ficar sozinho? Então ele que ficasse.
Saí do seu quarto e fechei a porta, seguindo para o quarto ao lado e deitando-me ao lado de Jackson. Idiota..

Assim que ela saiu peguei na primeira coisa que vi e mandei-a contra o chão. Raiva. Estava com tanta raiva. Mandei a doto do meu avô para cima da cama e saí de casa a correr, transformando-me logo de seguida em direcção à gruta.

Não conseguia dormir, por mais que quisesse. Saí da cama e vesti-me. Não ia demorar muito. Saí daquela casa e dirigi-me até à minha, poupando o meu tio a desculpas e tudo o mais. Peguei numa pequena malinha e troquei de roupa. Depois voltei para casa de Drake. Estava a passar pelo corredor, quando vi a porta do quarto de Drake, aberta e uma fotografia em cima da cama. Aproximei-me da cama e peguei na foto.

Tinha sido um golpe muito baixo, mas ele irritara-me. Assim que o vi entrar no seu quarto, curiosa, espreitei lá para dentro.
- Está descansado que eu não roubei nada. - cruzei os braços ao peito. - Não tenho esse hábito..

Peguei na foto e voltei a arrumar.
- Nunca se sabe com esses teus humores marados.

Revirei os olhos. Irritante, lobo estúpido, parvalhão!
- Ahahah, que piada. Vejam lá se os meus humores não te começam a chatiar outra vez. Bebé chorão.. - ri-me.

Ela vira-me deitar uma lágrimas. Bem que podia continuar a falar, não me afetava minimamente.
- Como queiras, princesinha.

- Princesinha, eu?!
Sentei-me na sua cama e cruzei os braços ao peito.
- Não há maneira nenhuma de ter-mos uma conversa civilizada, pois não?!

- Sim. Princesinha mimada é o que és.
Olhei para ela com um ar aborrecido - Podia ser se não agisses sempre como uma criancinha.

- E tu és um bebé chorão!
Cruzei as pernas à chinês e juntei os meus pés, um ao outro.
- Então se eu começar a agir como uma pessoa de 17 anos, temos uma conversa normal?!

- Um bebé chorão não faria nem metade das coisas que eu faço. São cobardes e isso é tudo o que eu não sou.
Respondi diretamente, sem vacilar - Talvez, não sei.

- Um bebé chorão nem sempre significa ser um cobarde. Pode apenas ter medo ou ter apenas sentimentos.
Fiz uma careta. - Talvez? E que tal ser sim ou não?!

- Pois, parece que continuo na mesma sem ser um bebé chorão.
Respondi se olhos arregalados.
- Posso tentar.

- Dúvido. Se não tivesses a chorar, não terias sentimentos. E eu sei que tens..
Eu estava convicta do que dizia e não queria saber se ele negava ou não. Sorri.
- Hum.. e podes-te sentar?!

- Não comeces a falar de coisas que não sabes.
Atirei furiosamente. Abanei a cabeça - Estou bem em pé.

Encolhi os ombros. Não íamos começar pois não? - Tu lá sabes.. - levantei-me da cama e fui até ele, remexendo em todos os seus bolsos. Fora dificil de achar o seu telemóvel, mas lá achei. Afastei-me de Drake e cusquei todas as suas mensagens. Bem parecia.. Atirei-o para as suas mãos. - E antes que diga alguma coisa, não fui eu que escrevi isso.

Odiava que ela fizesse aquelas coisas - Antes de mais aprende em não tocares nas minhas coisas sem autorização - Disse e depois fui ver o que é que ela estava a falar. Comecei-me a rir - Ora, aqui está alguém que não tem nada de interessante para fazer na vida - li melhor aquilo - Isto é patético. Como que se me importasse com quem é que te come.

Repeti as suas primeiras palavras de forma irónica e divertida. - É né, também achei. - atirei-me para cima da sua cama e comecei a saltitar em cima dela. - Deus me livre se te importasses! Isso seria nojento! A sério que seria..

Tentei não me irritar com o barulho da cama chiar.
- Mas que te atiraste de queda livre ao Jackson, isso sim... E ainda dizias que nunca mais querias ter sexo na vida.

- Que posso eu fazer, se a carne é mais forte?!
Sentei-me na cama e espreguicei-me.
- Mas continuo com a mesma opinião. Nunca mais quero ter sexo na minha vida, mas contigo.

- E a carne mais forte acontece se ruma gajo muitíssimo parecido a mim... irónico, não?
Revirei os olhos. De qualquer das maneiras eu não queria fazer sexo com ela, inexperiente e volátil.