Houston

Autch. O facto de ela agora ter muito mais força fazia a diferença.
- Pareces mil quilos mais pesada- gozei.

Olhei-o nada contente com aquele comentário. Eu sentia-me horrível. Apostava que tinha engordado imensos números! - A culpa é tua! - semicerrei os olhos e voltei a erguer-me e a sentar-me com força.

Ela ficava mesmo chateada com aqueles comentários.
- A culpa é minha por agora pareces uma lobinha sexy. Não tens de quê.

Pois, eu agora também era uma lobinha.. e ainda não me conformava muito bem com isso. - Não te vou agradecer por me teres transformado, tu sabes disso. - beijei a sua face.

Talvez um dia ela mudasse de ideias e me agradecesse. Eu estava conformado com aquilo que fizera, mesmo que fosse egoísta da minha parte. - Eu sei... Mas agora já não nada a fazer. Não estou arrependido, Alina.

Óbvio que não se arrependia. Não revirei os olhos, apesar da vontade. Algo me dizia que se o explorássemos, iríamos discutir. - Eu só vou ficar totalmente conformada, quando conseguir viver como uma verdadeira humana. - suspirei. Isso significava envelhecer.

Verdadeiros humanos. Ela nunca fora verdadeiramente humana com aquele poder macabro que tinha. Mas pronto, não lhe ia dizer isso - Achas mesmo que vais ficar sempre inconformada com aquilo que és agora?

Cruzei os braços ao peito e abanei a cabeça. - Acho.- Tinha a certeza que sim.. eu vinha de uma família de caçadores, era normal.. sabia que se fosse uma pessoa normal, que talvez, já estivesse conformada.

Suspirei, pouco contente com aquilo. Ela recusava-se a aceitar ou a sequer tentar gostar daquilo que era agora - Sabes, se não estivesses destinada a ser lobisomem, terias morrido durante a mudança. Pensa nisso - disse e levantei-me, indo até ao exterior fumar.

E lá estava ele, com aquelas coisas de destino. Isso só me deixava irritava. Não lhe tinha pedido para me transformar, ele simplesmente não o devia ter feito. Suspirei assim que foi para o exterior e depois de ir arrumar a minha tigela, subi para o quarto.

Demorei algum tempo até fumar apenas um cigarro. Demorei mais ainda no segundo. Não queria que a inconformidade de Alina estragasse a nossa relação mas eventualmente ia acabar por fazê-lo, não era? Haveria um dia em que... nem queria pensar.

Não queria pensar mais naquele assunto. Incomodava-me e não gostava de coisas que me incomodavam-me. Tirei a minha roupa, ficando apenas em roupa interior e meti-me de baixo dos lençóis.

Acabei por voltar para dentro. Subi até ao quarto de Vane. Depois de dar uma vista de olhos no meu filho, segui para o quarto onde eu e a Alina iámos ficar. Tirei a roupa e deitei-me ao lado dela, acabando por a abraçar.

Entrelacei as nossas mãos e sorri reconfortada, por o ter junto a mim. - Não quero que fiquemos chateados por causa disto. - murmurei. Era só o que faltava. Depois de tudo o que tínhamos passado, não queria mesmo lixar a nossa relação.

- Nem eu - respondi baixinho, concordando.
Se bem que o tema ia surgir novamente e repetiríamos tudo de novo.

- Então vamos esquecer este assunto. - Beijei uma das suas mãos. Gostava imenso dos seus braços, de me sentir abraçada por ele. - Eu amo-te e pronto, mesmo que não goste, sou o que sou. - mas isso não queria dizer que às vezes isso não me frustrasse ou revoltasse.

- Eu também te amo. Muito. Não gosto nada quando nos distanciamos - admiti, beijando o topo da sua cabeça.

- Então continua assim super fofo e querido, que não irá mais acontecer. - sorri abertamente, referindo-me ao seu abraço e ao seu beijo.

- E assim serei. E assim o espero.
Disse baixinho, procurando os seus lábios.Quando os encontrei, beijei-a.

Ficava mesmo feliz se isso acontecesse. Todo o carinho que me dava, era o pouco que bastava para me sentir bem comigo mesma. Recebi os seus lábios e entrelacei as minhas mãos ao seu pescoço, puxando-o para cima do meu corpo.

Uma vez em cima dela, beijei uma vez mais os seus lábios. Depois beijei o seu pescoço - aquela sua área sensível - e o ombro. Entretanto as minhas mãos já percorriam o seu corpo.

Gemi e acabei por me rir, devido àquela minha sensibilidade. Juntei as minhas mãos aos seus boxers, baixando-os. Sentia uma enorme vontade de fazer amor com ele. - Ai, eu amo-te tanto. - murmurei contra os seus lábios.

- Quero fazer amor contigo, Alina. Agora - murmurei ao seu ouvido, mordiscando o lobulo da sua orelha.

O meu corpo arrepiou-se instantaneamente. As minhas mãos deslizaram pelo seu peito e os meus olhos encontraram-se com os seus. - Eu também Drake, eu também. - beijei os seus lábios.

- Ainda bem... - foi tudo o que disse. Inclinei-me sobre o seu corpo e tirei a sua lingerie muito rapidamente. Era incrível, eu nunca estava saciado dela.