Houston

- Porquê que tu não contas? Sendo eu o Alpha e tu minha parceira, ficas com um papel muito importante - respondi. Abanei negativamente a cabeça - nem pensar.

- Uuh.. eu gosto de papeis importantes! - comecei-me a rir, baixinho, para não acordar o bebé. - Nem pensar porquê? Ela já fez parte da tua alcateia antes, pode muito bem voltar a pertencer. - se bem que não era só por isso, que a queria, na sua alcateia.

- Já és mãe, praticamente casada comigo e Luna de uma alcateia. Com a tua idade, é raro seres tão importante - murmurei divertido e orgulhoso - Exactamente por isso. Tu não gostas dela, já a mataste- Não quero conflitos internos.

Fiz uma careta. Mais um nome estranho, que eu não entendia o que queria dizer. - O que é Luna? - ergui o sobreolho. - Mas tirando isso, eu gostava mesmo de ser importante. - Mas eu não lhe vou fazer nada.. - só queria ter o gostinho de a ter na mesma alcateia, para que visse, de quem Drake agora era. Meu..

- Luna é a parceira do Alpha - era estranho ela não o saber, especialmente depois de tanta informação que os caçadores tinham sobre nós - Não sei Alina...

- Ham.. Luna.. Luna.. Nalla.. Luna.. Nalla.. Luna.. - voltei a rir-me. Eu tinha lido tantos livros, que os nomes que ele me diziam, pareciam tão diferentes. Podia ser, pelo simples facto de algumas coisas estarem em latim. - Mas eu sei.. vá lá.. - fiz beicinho.

Era bom poder seu eu a ensinar-lhe estas coisas.
Estranhava a sua insistência. Alina odiava Lissa, porquê que a quereria pro perto? - Porquê a insistência?

Continuei a repetir aquelas palavras, até ser interrompida por Drake.
- Ham.. por nada de mais. - sorri abertamente. - Só era fixe, ela ver que tu és mesmo meu e ter aguentar com aquilo.

- Ela já sabe isso. A nossa ligação é inquebrável e tu deixaste-me bem marcado - qualquer lobo perto de nós perceberia isso.

- Saber é uma coisa, presenciar vinte e quatro horas, sobe vinte e quatro é outra. - beijei a sua bochecha. - E depois, ela é forte.. Se acontecesse algo ao Vane, eu sei que podíamos contar com ela.

Já entendera a ideia dela. E gostava que ela se sentisse possessiva em relação a mim.
- Vou pensar no assunto.

Isto tudo parecia um sonho, ou pelo menos, parte dele. Apesar de não gostar de ser o que era, até tinha a sua graça. - Está bem.. mas fica a saber, que só aceito uma resposta positiva! - Passei o meu nariz sobre todo o seu pescoço e seguidamente, beijei-o.

- Quando queres, consegues ser um osso duro de roer.
Respondi divertido.

Olhei-o super divertida e abanei a cabeça. - É, quando quero, mas só quando quero. - remexi-me na cama, até finalmente me deitar.

- És quase sempre, amor.
Disse a rir-me, fitando-a.

Coloquei-me de baixo dos lençóis e olhei-o.
- Isso é mentira, mas bom, não vou discutir isso contigo, porque sabes que vais perder e dar-me razão, por isso..

- Caramba, tens razão. Agora não consigo resistir-te...
O que era mau em certas alturas.

Era impossível não me rir ou sorrir, quando ele dizia coisas semelhantes àquelas. Mordi o lábio e puxei-o para cima de mim. Não resisti e beijei-o com força. - Eu adoro o facto de não me resistires. - obviamente que não iria fazer nada. Ainda por cima com o bebé ali.

- Espero que seja o mesmo da tua parte.
Repliquei com um sorriso um tanto divertido e ao mesmo tempo cauteloso.

Voltei a beijar os seus lábios e acariciei a sua face.
- Eu amo-te.. e é impossível, resistir à tua pessoa.

- Ainda bem.
Murmurei. Encostei o meu corpo ao seu e beijei-a com intensidade.

Mordi o seu lábio inferior e seguidamente, chupei-o. O meu corpo acabou por se arrepiar. - Hum.. Amo-te tanto, lobinho.. - Puxei a sua t-shirt para cima, o suficiente, para puder apreciar todo o seu tronco.

- Amo-te mais, nalla. Agora, a minha vida não faz sentido se tu não estiveres nela - murmurei num tom tremendamente apaixonado.

Mordi o lábio e tateei todo o seu tronco, de uma forma deliciada e bastante apreciadora. - Oh.. eu sei.. - suspirei. - Nunca pensei que fosses capaz de amar. - confessei. - É no mínimo, estranho.

- Já somos. Estou surpreendido com o rumo que a minha vida levou. Nunca, nem nos meus melhore sonhos, imaginei ter-vos aos dois - murmurei muito feliz.