Houston

Suspirei quando ela saiu. Abri a porta da casa e entrámos. Pessoalmente, a casa era pequena comparada à minha mas era muito acolhedora.

Corri logo para cima do sofá e deitei-me ali com o pequenote. Aquela casa era bastante boa, na minha opinião. Gostava imenso dela. - Finalmente.. algo decente para descansar! - suspirei.

Ri-me e sentei-me no chão, encostado ao sofá.
- Já estamos a merecer um descanso.

Aproveitei para acariciar o seu cabelo e sorri abertamente.
- Podes crer.. ainda por cima, estou com imenso calor! Parece que vou rebentar!

Fui abrir as janelas para que pudesse entrar mais ar fresco.
- Amanhã podemos ir à praia.

Sentei-me e seguidamente, sentei o bebé ao meu lado. Acabei por tirar a minha camisola. Como é que alguém conseguia viver naquelas condições, quer dizer.. naquele calor. - Parece-me bem.

- Entretanto... já temos dois quartos. Há que compensar o tempo perdido nesta viagem... - disse malicosamente.

Apesar de ele ter toda a razão, não estava com vontade para isso. - Sim, mas talvez mais tarde. - fui buscar a minha garrafa de água e bebi todo o seu conteúdo, de uma só vez.

Olhei para ela com um ar surpreendido.
- Bom... está bem.

- Esta casa tem algo para comer, ou temos que ir comprar? - olhei-o. Em vez de ter apetite para uma certa fome, tinha apetite para outra. Suspirei. Tinha acabado com toda a comida que tínhamos comprado para a viagem.

- Acho que temos de ir comprar. A casa está desocupada à meses.
Respondi.

Mais valia termos ficado em Strange se era para estar num aborrecimento daqueles. Suspirei. - Não podes ir comprar qualquer coisa? Não me apetece sair de casa.

- Está bem, eu vou - Respondi e peguei nas chaves do carro - Até logo, querida - disse e saí de casa.

Já me começava a arrepender de ter aceitado esta treta. Isto era uma seca. Um aborrecimento total. Estava tudo mais murcho que sei lá o quê! Fui buscar o meu portátil e acabei por ir jogar computador, já que não há nada de melhor para fazer.

Bom, as férias não tinham começado da melhor maneira. Compreendia a falta de paciência de Alina mas isso não queria dizer que fosse fácil de aturar tal.
Fui até ao supermercado e fiz demasiadas compras. Iam durar até ao fim da semana. Depois voltei para casa.

- Finalmente! - falei assim que ele chegou com enormes e imensos sacos. Fui a correr até ele e tirei algumas coisas. Depois sentei-me no sofá e pus-me a comer.

- Só o tempo que demorei na caixa... Uff.
Fui buscar Vane e brinquei com ele.

- Mas valeu a pena, meu amor! - e tinha valido mesmo! Eu estava esfomeada, como sempre, desde que me transformara. - Meus Deus, nem quero ver, quando me for pesar.

- Não te preocupes com a balança. O único peso que ganhaste foi o da transformação. Esta comida toda desaparecera toda por causa do nosso metabolismo - respondi divertido.

Abanei a cabeça, tentando perceber o que ele dizia e depois de acabar de comer, puxei o telefone daquela casa. Funcionava, o que era ótimo. - Podíamos contratar uma babysitter.. - fiz uma careta.

- Deviamos mesmo. Especialmente quando chegar a altura da lua cheia - respondi, num tom mais sério.

Abanei a cabeça. Não me tinha lembrado daquilo e para falar a verdade, nem queria muito me lembrar. Peguei num grande livro, onde tinham inúmeros números de telefone e procurei uma agencia que me arranjasse uma babysitter. Assim que encontrei, sorri toda contente e fiquei atenta a tudo o que a pessoa ao telefone, explicando os seus processos e coisas de segurança. Acabei por ir buscar o pc e entrar no site deles. Mal contratei uma rapariguinha, desliguei. - Hoje o resto da tarde toda, só para nós os dois.

Estava um pouco incrédulo por ela ter aceitado uma babyssiter tão rapidamente e sem confusões.
- Ai é? Que bom...

Abanei a cabeça toda contente e peguei no pequeno. Não era como se me agradasse ter outra pessoa a tomar de um bebé que fosse meu, mas tinha umas certas ideias. - Pois é.. a pessoa chega daqui a uns minutos.

- Temos de ver se é de confiança. Espero que sim.
Disse com um sorriso. Dez minutos mais tarde tocaram à campainha.