Wyoming

- Tu nunca me amaste seu idiota. Quem ama não trai. - revirei os olhos.
Mas aquilo não era para ali chamado. Voltei a olhar para ele. - Mas mata. Vá, mata.. és um fraco.

- Amei, e amei muito - ainda amo, deixei escapar. - Há problemas que só se resolvem cortando pela raiz.

- Não, tu nunca me amaste! Nunca!
Empurrei-o uma vez e voltei a empurrá-lo uma segunda vez.

Eu estava-me a conter para não responder da mesma forma.
- Tu, tu e os teus mesquinhos sentimentos. Tu é que nunca me amaste!

- Eu sempre te amei, tu nunca quiseste saber de mim! - Sim, eu tinha fugido imensas vezes, feito-lhe a vida num inferno, mas eu amava-o. Isso não mudara. Mas agora o ódio e a mágoa sobrepunha-se a tudo.

- por amor de deus, nunca quis saber de ti? se formos a ver bem abandonaste-me mais vezes do que as que te abandonei a ti, se é que alguma vez te abandonei enquanto estávamos juntos - retorqui.

- Eu fugi, tu magoaste-me. Transformaste-me contra a minha vontade, traíste-me com a minha pior inimiga. Fugir? Fugir não foi nada! - revirei os olhos. - Tu abandonaste-me no minuto em que meteste aquela cabra dentro de casa. Eu disse-te, se querias tanto estar com ela, que desaparecesses.

- Fiz o que foi preciso para te ter neste mundo, porque precisava de ti a meu lado! Porque te amava! - Dei um passo em frente - Mas tu segues sempre os teus próprios planos, sem quereres saber de mim. Aquilo com a Kim foi uma merda qualquer, tu não querias saber de mim e ela queria. - ela era tão culpada quanto eu .

E eu compreendia aquilo. Eu aceitara-me, eu gostava do que ser o que era. Mas estava magoada com ele. - Eu apenas afastei-me. Isso não te dava direito nenhum de a deixares aproximar-se.

- Aconteceu, Alina. Sabes o quanto dói quando te afastas? Quando me olhas com desprezo? Quando me deixavas sozinho naquela casa, com ela? - Eu fora-me abaixo e deixara aquilo acontecer .

- Aconteceu? - aquilo era uma boa piada. - Aconteceu. Pois, eu fugi, aconteceu! - sorri cinicamente e voltei a empurrá-lo, desta vez com força. - Tu escolheste assim. Tu meteste-a lá!

- Errrrh Alina, já está já está - farto das suas palavras e gestos, agarrei nea até cairmos no chão e prendi-a com o meu corpo.

Sim, já estava.. Tentei soltar-me de si, sair de baixo dele. Mas mesmo agora, ele conseguia sempre ser mais forte que eu. E aquilo era um perigo. Eu seria facilmente seduzida por ele. Com os pés, tentei afastar-me.

Excitação e desejo eram as últimas coisas que eu precisava agora. Mas o meu lobo comandava mais neste momento e o lobo reconhecia a sua fêmea. - porraa...

Consegui revirar-nos e ficar por cima dele.
O meu corpo rapidamente reagiu ao seu. Tive que o beijar.

Soltei um grunhido bastante sexual. Enterrei as minhas mãos entre o seu cabelo e puxei-a contra o meu corpo. O meu lobo estava a tomar controlo e queria reclamar a sua fêmea de volta.

Eu não podia fazer aquilo, não queria ceder, mas era impossível.
Passei as mãos pelo teu peito e rasguei a sua camisola.

As suas roupas acabaram por desaparecer face à fúria das minhas mãos. Não houve peça de roupa que sobrevivesse.

As minhas mãos percorreram o seu corpo. As marcas que fossem feitas, depressa desapareceriam.
Eu estava excitada e necessitava dele. E merda, aquilo não estava nos meus planos.

Nós estamos em vias de fazer sexo, ali mesmo no corredor.
E ainda bem. Fazia vários meses desde que não tinha prazer.
Beijei-a ferozmente, enquanto segurava o seu corpo com as minhas mãos.

Eu tentava afastar-me. Tentava resistir ao seu toque. Mas cada vez mais, o meu corpo sedia ao seu. Estava-me a tornar submissa. Por fim, encaixamos-nos um no outro e formámos um só.

Talvez não houvesse forma de estarmos permanentemente afastados. Os nossos corpos voltavam sempre a estar um com o outro.
Investi com força e sede de paixão.

Gemi contra os seus lábios. Estávamos novamente juntos. Era estranho, mas ao mesmo tempo, era bom. Deixei de pensar no que quer que fosse. Só queria aproveitar aquilo, o máximo que podia. Agarrei-me firmemente a si e fui-me movimentando sobre o seu corpo.

Naquela união não havia ódio, nem sequer desprezo ou frieza. Talvez houvesse fúria, mas era fúria de paixão. Eu ia-a beijando, não querendo parar de a saborear.

As minhas unhas arrastaram-se pelas suas costas. Os meus dentes puxaram o seu lábio, até este se abrir e voltei a beijá-lo. Ansiava pelo orgasmo.