sala

- Ai sim? Quais? - perguntei com um tom deveras cinico.

- Sei fazer sexo. Dar grandes orgasmos a raparigas. - imitei.lhe o tom de voz.

- Ah ah ah . - fingi uma gargalhada e revirei os olhos. - Con-ven-ci-do. - voltei a repetir o que já tinha dito antes.

Não sei do que ele se ria. Era verdade. - Pura realidade! E tu sabes que é.

- Hmhm . - revirei os olhos. - Não sei nada. E não foi nada demais, para que saibas. - encolhi os ombros.

Ergui uma das minhas sobrancelhas. - És uma esquisita também. Mas, tu também não foste nada demais, coitada.

Revirei os olhos e fiz-lhe uma careta. - Azar o teu então. - resmunguei.

- Azar o meu que tive que apanhar contigo. - rolei os olhos.

- Que pena. - revirei os olhos. - Ninguém te obrigou.

Aquela era boa. Óbvio que ninguém me tinha obrigado. - Ninguém aqui falou em obrigar. - mudei de canal da televisão.

- Eu sei. - resmunguei e revirei os olhos mais uma vez. Suspirei e fitei a televisão.

- Não sei então porque disseste isso. - cocei o queixo. Peguei no comando da televisão e mudei de canal.

- Porque me apeteceu. - disse e olhei para ele de relance.

- Então que te apeteça. - levantei-me e fui até à cozinha buscar duas garrafas de plástico onde continham sangue humano. Sentei-me outra vez no sofá e estendi-lhe uma garrafa.

Arqueei as sobrancelhas e peguei na garrafa que ele estendeu para mim. - Obrigada. - agradeci, abri a garrafa e bebi um grande gole de sangue.

Esperei que ela bebesse primeiro e logo a seguir bebi eu. - Se esta é a tua ideia de me chatiar, acho que saiu completamente ao lado. - avisei-a.

Olhei para ele. - E por acaso alguém disse que eu estava a tentar chatear-te? - perguntei com um revirar de olhos.

- Ninguém precisar de dizer nada, quando foste muito clara a dizeres ''Vim chatear-te''. - acabei de beber o resto do sangue e depois de esmagar a garrafa com as mãos, eu atirei-a para um canto.

- Posso ter mudado de ideias entretanto. - encolhi os ombros e continuei a beber o sangue da garrafa nas calmas. - Se bem que chatear-te é um dos meus passatempos preferidos. - fiz um sorriso irónico.

- Ou seja, apesar de seres vampira, és uma típica miúda chata! - imitei o seu sorriso e olhei-a bem nos olhos. - Chata.

- Pensa o que quiseres. - encolhi os ombros como que não dando importância ao facto de me ter chamado miúda chata. Olhei-o também nos olhos e voltei a sorrir daquela maneira. - Sou como tu então. - disse sem deixar de o olhar.

Fiz um pequeno sorriso e desviei o meu olhar do seu. Gargalhei. - O quê? Tu? Não te acho bonita, nem inteligente, tal como eu. - estalei a língua. - Logo, não és como eu.

- Também não te acho bonito, nem inteligente. - disse tal como ele tinha dito. - Por isso se também não achas isso de mim, então sou como tu sim. - fiz um sorriso cínico e revirei os olhos.

- A tua opinião para mim, não conta muito. - ri cinicamente. - És novata, não és como eu.

- Bom para ti se não conta. - voltei a fazer o mesmo sorriso e revirei muito os olhos quando voltou a chamar-me aquilo que eu odiava que chamasse. - Sou melhor! - retorqui toda chateada.