Floresta

Ri-me quando o vi a cair de costas no chão. - Vampirinho... - disse sem deixar de o olhar, já que ele insistia em chamar-me aquilo então eu ia chamar-lhe assim. Quer ele gostasse ou não. Tentei soltar-me quando me agarrou no pescoço e encostou à arvore. - Deves pensar mesmo que vou fazer o que tu mandas... como se o que tu dissesses tivesse alguma importância oh vampirinho. - resmunguei olhando-o. - E solta-me! - fitei os seus olhos e mostrei as minhas presas deixando escapar ao mesmo tempo uma rosnadela.

Só me consegui rir assim que vi as suas presas e ouvi o seu rosnar. Se era assim que ela queria, era assim que ela teria. Também eu mostrei as minhas presas e mordi-lhe o pescoço. De seguida, pressionei um pouco mais o seu pescoço e atirei-a com uma força incrível, contra uma árvore. Deitei-me naquele ramo e olhei-a divertido. - É o que eu digo, novata.. patética.

Rosnei mais assim que senti as suas presas cravarem-se no meu pescoço e mordi o lábio, quando ia para o empurrar ele atirou-me contra uma árvore, rosnei ao embater com toda aquela força e depois caí no chão. - Vampiro estúpido! - resmunguei levantando-me e voltei a aproximar-me dele.

Desta vez, peguei-a pela cintura e num ápice, desviei-lhe a blusa, cravando os meus dentes perto do seu ventre. Fi-la sentar-se no meu colo e agarrei-lhe firmemente nos pulsos, impedindo-a de se mexer. - Novata estúpida. - Não a deixei responder e colei os meus lábios nos seus.

Voltei a rosnar quando cravou novamente os seus dentes. A sério que ele estava a fazer aquilo? Daqui a pouco eram os meus dentes que iam estar cravados nele. Tentei soltar-me ao sentir as suas mãos prenderem-me e impedindo-me de me mexer, quando ia para protestar ele colou os seus lábios aos meus. - Vampiro idiota. - murmurei contra a sua boca e mordi-lhe fortemente o lábio.

- Aqui quem morde sou eu, sua novata. - gargalhei baixinho e segui-lhe o exemplo, mordendo-lhe o lábio. Voltei a colar os meus lábios nos seus e quando me senti satisfeito o suficiente, empurrei-a para o chão e voltei a deitar-me no tronco da árvore.

- Deves pensar que mandas. - resmunguei e revirei os olhos quando voltou a colar os seus lábios aos meus. Rosnei-lhe mais uma vez quando voltou a empurrar-me. - És mesmo estúpido. - disse e fui até ele, sentei-me em cima dele e cravei os dentes no seu pescoço aproveitando para lhe sugar algum sangue.

Deixei pender a cabeça para o lado, enquanto a sentia saboriar o meu sangue. Já estava mais que habituado, a vampiras famintas, portanto, a dor era quase nula. Puxei-a um pouco mais para mim. - Vê lá, não tenhas um orgasmo de tão saboroso eu ser.

Quando estava satisfeita lambi os lábios e olhei para ele. - Ui deves pensar que és assim tão bom. Mas digo-te já que não és nada de especial... - sorri cinicamente e afastei-me um pouco quando me puxou mais para ele.

Voltei a puxá-la novamente para mim. - Foste a primeira a queixar-se, portanto acho que o problema é sem dúvida teu e não meu. - fiz noção de que a ia beijar, mas em vez disso, voltei a empurrá-la. Isto já me estava aborrecer, portanto resolvi ignorá-la.

- Pois deve ser. - fiz-lhe uma careta quando me empurrou depois de quase me beijar. - Se queres assim tanto beijar-me porque é que não beijas logo? - perguntei sem desviar o meu olhar do seu.

Aquela devia-se achar super boa. - Ui.. tenho tanta vontade de te beijar como tudo. - ironizei. Coloquei as mãos atrás da minha cabeça e olhei-a seriamente. - És assim tão burra? Já podes ir embora.

- É o que parece... até porque já o tentaste... - disse sorrindo ironicamente mais uma vez. Afastei-me dele sentando-me no chão e encostando a cabeça ao tronco de uma árvore. - Estou aqui primeiro que tu.

- Ou seja, sim tu és burra para além de novata. - dei uma rapida revirar de olhos e desci aquele tronco. - Bem novata, eu não tenho mais nada que fazer aqui. Até outro dia. - Isso se eu quiser voltar a gozar contigo, murmurei para dentro.

- Não sou burra e pára de me chamar essa porcaria. - resmunguei já a ficar irritada com ele. - Sim vampirinho estúpido, vê se morres entretanto. - disse.

Não valia a pena responder-lhe dado que a minha paciência era pouca e estava aborrecido de mais para tal. - Vá novata, tenta ver se consegues deixar de ser tão chata e tão.. novata? - Sorri e corri dali para fora.

Revirei os olhos e nem lhe respondi mais. Rapaz mais estúpido e irritante, deve-se achar a pessoa mais importante do mundo. Suspirei e algum tempo depois também eu fui embora dali.

Já estava a caminhar por ali há uma hora. Apesar de todo o esforço que fizera, não me consegui transformar. Grunhi devido à frustração. Eu continuava lobo, certo? O que quer que fosse que me tivesse mordido não me podia fazer humano outra vez? Abanei a cabeça e afastei aqueles pensamentos - Claro que és um lobo, nasceste lobo, morres lobo - Murmurei para mim mesmo. Suspirei e sentei-me num tronco. Quiça, quando amanhã partisse na minha viagem, talvez todas as dúvidas que tivesse desaparecessem.
Passo algum tempo, saí e fui para casa.

Descarreguei todas as minhas energias naquela foda. Suspirei de aborrecimento assim que senti as unhas da raparigq cravadas no meu ombro e saí de dentro dela. Depois de mais algum tempo, acabei por ficar sozinho, apenas de boxers vestidos e de olhos fechados.

Já estava farta de estar ali na cascata sem nada de interessante para fazer. Reparei que o Jake não tinha voltado ainda, de onde quer que ele tenha ido. Encolhi os ombros e levantei-me embrenhando-me de seguida na floresta, não andei muito até o ver lá apenas de boxers. Dei uma gargalhada alta. - Então, foste abandonado? - gozei.

A gargalhada de Katie despertou-me dos meus pensamentos. - Nop.. depois de sexo, cada um vai para o seu lado, fim. - procurei no bolso das calças um charro e acendi-o.

- Hm hm cá para mim deixaram-te aí sozinho. - disse para o chatear e sentei-me numa das pedras.

Ri-me mesmo que não tivesse achado piada nenhuma. - Hum. Não é muito habitual serem elas a ''abandonarem-me''..- ergui o sobrolho.

Dei uma gargalhada um pouco mais alta que a anterior. - Pois, lá está ele a achar-se bom demais. - disse cinicamente.

Encolhi os ombros. Eu não me estava a achar bom, aqui era a mais pura realidade. - Oh, tu lá sabes..