Gruta Escondida

- É, como eu quero é. - empurrei-o e peguei na mão de Derek, puxando-o para um outro local. - Vamos embora..

Encostei-me perto de Drake falando á cara.
- Ouve lá quem és tu para me chamares de cabrão? - Falei.
Empurrei-o contra o chão.
- Vamos Alina, isto só vai dar problemas. - Falei.

- Sou eu, o Drake, e chamo-te cabrão porque é isso que tu és!
Gritei, directamente para ele. Agarrei no colarinho da sua camisola e puxei-o para o chão também, dando-lhe um soco,
- E não te voltes a meter numa cena minha, ouviste? Ontem foi a última vez.

Ante de sequer conseguir ir-me embora daquela gruta, já os vi-a no chão, feitos dois macacos. - Uau, nunca pensei em assistir sexo de gays, ao vivo. - Acho que não devia ter dito aquilo.. - Podem parar de andar à bulha?!

Depois de ouvir tais comentários dei um soco no estômago de Drake.
- Parece que queres mesmo virar comida de gato. - Ri.
E de seguida atirei-o contra um rochedo que por lá estava.
Fraco.

Depois de ter embatido contra o rochedo corri atrás dele e atirei-o uns metros adiante. - Comida de gato viras tu, cabrão - Ele que não pensasse que um único soco me deixava K.O. Voltei a esmurrá-lo na cara até que o vi deitar sangue do lábio - Não te voltas a meter comigo, ouviste? - Disse com ar de quem não estava para brincadeiras. Levantei-me e saí dali, antes que respondesse fora de mim.

Fiquei a visualizar toda aquela cena. Corri para Derek e olhei para o seu estado. - Vocês parecem uns animais. Pse.. brutos do caraças. Mas, estás bem?

Corri até ele puxando-o pelas costas, limpei o sangue do lábio dando vários socos na cara de Drake.
- Hoje não saiu daqui sem ficares com o rosto irreconhecível.
Cuspio-o na cara. - Metes nojo.
Peguei na cabeça dele e embati-a contra um tronco peguei outra vez dando-a no bico do meu joelho.
Já deve estar todo partido.
Peguei-lhe e mandei-o para longe mas bem longe.
- Alina vamos, se ele voltar volta transformado e eu não tenho aqui o meu arco de metal. - Disse apressado.

Fiz um esforço para não me transformar.
- Com a cara desfeita vais ficar tu - Ainda consegui dizer mas depois de ele me ter feito tudo aquilo não consegui e sucumbi em transformar-me. Atirei-me para cima dele, prendendo-o ao chão Cravei as minhas garras no sue braço, ouvindo o seu grito de dor. De seguida atirei-o novamente contra o chão, deixando-o inconsciente.

- Vai-te embora Drake! - coloquei-me à frente de Derek e olhei Drake. Voltei a repetir o mesmo.. - Vai-te embora, por favor.

Rosnei para que ela se afastasse do caminho. Estava fora de controlo, eu. Pela primeira vez na vida apetecia-me matar alguém humano. Tive nojo de mim mesmo e acabei por fazer o que Alina dissera e corri dali para fora, rapidamente.

Virei-me para Derek, mal Drake se foi embora. Ajoalhei-me no chão e abri a minha garrafa de água. Molhei a sua cara. Só esperava não ter batido as botas. - Derek.. psiu.. hey, acorda..

Acordei subresaltado.
- Onde é que aquele rafeiro está? Onde?! Isto não fica assim ele vai ver, desta vez não irei ter misericórdia. - Disse irritado.
Levantei-me rapidamente cuspindo sangue pro chão.
- Aquele filho da puta... - Suspirei.

Suspirei. - Acalma-te. - pedi. - Esquece-o por uns minutos. Ao menso estás bem? Devias tratar dessas feridas!

- Estou ótimo - Disse.
- Só me lixou o lábio e o braço, mas isso é o menos, eu não vou esquecer, eu quero caçar aquele... enfim. - Resmunguei.
Tentei seguir o rasto dele pelo cheiro do sangue pois sabia que o tinha feito sangrar.
- Fica aqui. - Disse a Alina.

Não ia ficar ali de maneira nenhuma. Num espaço de minutos saí dali. Eu não era nenhuma criança, portanto, não, não e não! Estava pronta para o seguir, era o que era.

Caminhei até ao interior da gruta onde havia um grande buraco com uma profundidade enorme.
Mandei uma pedra para calcular mais ao menos a distância, e era mesmo mas mesmo muito grande, já tinha alguns anos de experiência em rapél e descidas radicais mas sempre fora perigoso e arriscado, mas não queria perder aquilo por nada.
Prendi os ganchos e amanhei a corda e desci por o buraco.
Fui descendo e peguei num fuzivél mandando-o lá para baixo para ter luz. Acabei por pousar no chão, o lugar era húmido e enorme e havia muitos túneis por onde ir, estava sozinho e não tinha nenhum mapa da gruta e nunca ninguém lá tinha ido, nem nome tinha.
Escolhi por palpite um dos túneis e segui caminho.

Antes de entrar no tunel ouvi o toque do meu telemovel a tocar.
- Foda-se. - Disse chateado. Tinha-me esquecido do telemóvel lá em cima.
Ignorei pois não ia voltar só para ver quem tinha sido. Segui caminho pelo túnel, com a lanterna na mão ia observando onde metia os pés.
Tinha passado mais ou menos meia hora e continuei a caminhar até que uma rocha caíu do cimo e tapa a saída por onde vim do túnel. - Como vou sair daqui?! - Falei para mim mesmo. Prossegui pelo caminho, poderia ser que achasse uma luz ou saída mas era impossivel estava a uns 500 metros de profundidade. Parei para pensar e sentei-me exausto no chão, até que ouço um barulho como se fosse uma criança a chorar, de imediatamente levantei-me apressadamente e segui o som. Fui lentamente com a lanterna a acompanhar os meus movimentos até que entro num canal que cheirava a podre rodei a lanterna para todos os cantos e não podia crer. Vi cadáveres por todo o sitio e fiquei paralisado, até que esbarro num deles e espeto a perna num pau que estava la empoleirado. Gritei de dor, não parava de sangrar, queria sair dali estava em choque e não conseguia levantar-me.

Estava a caminhar por aqueles lados, quando ouvi uns barulhos. Aproximei-me surrateiramente da gruta e acendi o telemóvel, dando-me assim uma boa visão dela. - Está aí alguém? - aproximei-me mais um pouco até ver alguns pertences. Espreitei lá para baixo e voltei a repetir. - Hallo? Está aí alguém?!

Ouvi um eco que me parecia a voz de Alina. Queria gritar-lhe e dizer-lhe para fugir dali mas era impossível estava cercado de criaturas estranhas que não sabia o que eram, como estava escondido eles não repararam em mim. Estava cheio de dores, atei com um pouco de camisola rasgada á volta do corte e guinchei um pouco com que fez que as criaturas desconfiassem da minha presença. Fiquei mais que paralisado a Alina tinha que se calar se não eles poderiam ir atrás dela, aqueles canibais, criaturas sem nome.

Engoli em seco. Aquilo era muito fundo, ao ponto de nem sequer ter coragem de me aproximar mais. Pensei em ir pela corda que ali estava, mas acabei por nem me mexer. Foi então que os barulhinhos aumentaram e eram simplesmente.. estranhos?! Andei uns meros passos para trás e mal obtive área, mandei um sms para Drake.

Mal saíra de casa transformara-me para a minha forma animal. Era a maneira mais rápida de lá chegar e Alina dissera que era urgente. Esperava que ela não estivesse simplesmente e brincar. Corri o mais rápido que pude e entrei na gruta. Alina estava no fundo da gruta. Pensei em voltar à forma humana mas havia algo de muito errado a passar-se ali. Um cheiro bastante nauseabundo pairava no ar e detectei também o cheiro a algo que nunca sentir na vida. Não fazia sentido. Grunhi para Alina, tentando perceber o que se passava.

Olhei para trás, vendo Drake. Não evitei em deixar escapar um sorriso tranquilo e apontei lá para baixo. - Eu ouvi uns barulhos ali em baixo. E estão aqui coisas de alguém.. podem-se ter magoado não sei. - voltei a olhar lá pro fundo. - Além disso, de vez em quando ouve-se uns sons.

Estava farto de ficar ali sem fazer nada. Levantei a cabeça devagar para ver como era a situaçao. Fogo...
Eram mais ou menos 16, mas estava sem paciência e como eles estavam entretidos a devorar a carne tentei surrateiramente sair dali.
Levantei-me sem fazer barulho, e sim aquilo poderia ser a coisa mais estúpida que tivesse feito. Fui caminhando até ao túnel de saída até que piso num osso que se parte em dois fazendo barulho. Foda-se!
Olharam todos para mim e foram a correr em minha direcção.
Estava sem forças mas não ia ficar lá á espera de ser o jantar deles. Peguei no primeiro que veio á frente e bati com a sua cabeça dele na parede fazendo com que a abrisse, daí veio o segundo que me fez cair ao chão mas consegui levantar-me até cairmos os dois num lago de sangue.
Não podia ser pior, mandou-me ao chão e tentou morder-me no pescoço mas fiz força para isso não aconteçer, até que olho em redor e vejo um osso afiado. Peguei nele e profundei os olhos. Estava cheio de raiva! O que era aquilo? Que espécie seria?. Não tive tempo para pensar.

Apenas anuí, esperando que ela compreendesse que eu percebera. Saltei para uma rocha e depois para outras, atingindo aquilo em profundidade. Entrei no túnel que ali se estendia Oh Deus, aquilo era uma carnificina. O cheiro a carne podre encheu-me as narinas e não pude deixar de estremecer nojo. Havia corpos por todo o lado, muitas já decompostos. Foi então que tudo aconteceu demasiado depressa. Vi Derek ao longe a defender-se de umas criaturas nojentas. Mas que raio era aquilo?
Não pensei duas vezes e atirei-me para cima das criaturas despedaçando-as com as minhas mandíbulas e rosnei para que o resto fugisse.