Gruta Escondida

- Eu disse-te que não te ia deixar morrer e já te pedi desculpas. Que queres que faça mais? - revirei os olhos. - Sempre tão simpático!

- Nada. Não há nada que possas fazer.
Abanei a cabeça e suspirei.
- É o meu nome do meio, ó cusca.

- Hai eu sou cusca é? Então tu és o quê? - olhei-o com a maior cara de gozo. - Não respondas, eu sei bem o que és. Sua boia tosca!

- Eu sou eu. Nada mais.
Encolhi os ombros - Pára de me chamar é isso. É irritante.

- Não gostas é? - aproximei-me dele. - Minha boiazinha, bonitinha que se irrita com tudo e todos. Por tudo e por nada. - e desmanchei-me a rir.

Revirei os olhos.
- Agora és tu quem me está a enervar. Posso não ter aqui um punhal envenenado mas possuo presas que são muito mais mortíferas que isso.

- Oh, isso pouco me interessa. - cruzei os braços ao peito. - Tens que começar a relaxar e deixares-te levar um pouco mais pelos outros. Ficas irritado com qualquer cena. Filho, vive a vida!

Revirei os olhos, pela eonésima vez.
- Relaxar fez com que me apunhalasses. E já fez coisas pior. Para ti que és apenas humana a vida é fácil - Respondi amargurado - Não é assim para mim. - Comecei a caminhar para sair daquele sitio.

Puxei-o para mim, impedindo-o de se ir embora. - A vida não é fácil para ninguém e bem.. tu podes não ser um humano, mas em parte.. - achei melhor calar-me antes que eu enrola-se com tantas palavras. - Hum.. tu para mim és tão humano quanto eu.. tirando o facto de eu não me conseguir tranformar no que quer que seja.. mas.. opa a vida para ti também tem que ser tão fácil, como é para mim.

Ela era ingénua se pensava mesmo aquilo.
- Tu não tens inimigos naturais, nem muito menos tens de ter preocupar se tens caçadores à tua volta. Não és tu que tens de te transformar, e honestamente, tu não sabes como é ter de o fazer. - E muitas mais coisas Só me apetecia explodir e falar tudo o que tinha a falar mas calei-em a tempo e parei, cerrando o punho pois começara a tremer - Adeus Alina. - E dito isto saí a correr dali.

Dei um leve pontapé numa pequena pedra e resmunguei algo que sinceramente nem eu mesma tinha percebi. Limitei-me a vê-lo desaparecer e mentalmente proferi o quão estúpido ele estava a ser. Caminhei na direcção oposta da dele e em minutos saí dali.

Caminhei até chegar a uma gruta, nunca a tinha visto por ali se calhar tinha desviado um pouco demais do caminho.
Era interessante e bonita, fiquei la sentado a reflectir sobre a noite que tivera.

Por alguma razão, fui procurar aquele moço na gruta. Eu devia ser maluca. Era pouco provável encontrá-lo ali. Foi quando acidentalmente, esbarrei contra o seu corpo e pude ver que era mesmo ele. Mau Alina, já andavas a esbarrar contra muita gente. - Desculpa.. estava mesmo à tua procura.

Seguira Alina desde que ela saíra de ao pé de mim. Se queria encontrar Derek, teria de ser assim.
Fiquei perto da entrada da gruta, de onde conseguia escutá-los sem ser notado.

- Estavas e então porquê? - Perguntei.
De seguida levantei-me e reparei que ela levava consigo o meu casaco.
- Ah sim, isso. - Retirei-lhe o casaco das mãos.
- Obrigado.

- Não tens de quê. - ri-me. - Mas da próxima tenta ficar num local mais público. Não sabes as voltas que tive que dar só para te encontrar!

- Hum, lá sabes. - Disse.
- Então já foste falar lá com o outro? - Perguntei.

- Já te disse que o outro tem nome e é Drake. - cruzei os braços ao peito. - Mas sim já estive a falar com o Drake.

(o meu pc ta bue defs.. vou ter que me ausentar por uns minutos.. x.x)

Decidi caminhar até eles. Na verdade só estava ali porque tinha contas a ajustar com Derek.
- Mesmo que tenha ido não era da tua conta. - Respondi, semi-cerrando os olhos. - Não tens nada haver com a vida dela.

- E vais-me dizer que tu tens? - Disse.
- Sai da frente antes que vires carne ralada. - Avisei.
Empurrei-o para o lado.
- É este a que chamas de ''controlado'', Alina? - Ri-me.
E saí dali.

Fiquei um pouco surpreendida ao ver Drake ali. Olhei para ambos. É que só podiam estar a brincar comigo. - Não vão começar andar à pancada pois não? - depois olhei para Derek. - Ele é controlado.. - resmunguei.

Empurrei-o de volta e encostei-o violentamente contra uma parede. Mas ele escapou-se. Cobarde...
- Não precisas de falar por mim Alana. -Resmunguei.

- Eu não preciso falar por ti, mas tu precisas de aprender o meu nome. É ALINA, com I se faz favor. - revirei os olhos.

Voltei para trás.
- Alana... Gostei gostei.- Ri.

Revirei os olhos. Fora só um estúpido erro.
- Como queiras, Alina.
Olhei para ele, com um brilho de raiva nos olhos - Não tens nada para gostar aqui, cabrão.