Motel Vacancy

Estava tão fora de mim que nem me apercebi o que estava a acontecer. Em vez disso, observei-me a ir para um motel rasca qualquer com ele, aos beijos. Claro que não era só curtir que estava na mente de qualquer um dos dois naquela altura. Porque ao vim de 20 segundos lá, já estava sem a parte de cima.

Apressei-me a tirar a minha camisola e atirei-a para um canto qualquer do quarto. Mal a vi sem a parte de cima, peguei-a ao colo e voltei a colar os nossos lábios. Sentei-me na cama com ela ao colo e percorri as minhas mãos pelo seu corpo, parando em cima das suas pernas. Entrei com as mãos, para dentro da sua saia.

Quando vi as coisas a irem longe demais, tive de o deter. Afastei-me subitamente e engoli a seco. - Derek, antes de fazermos isto, acho que devias saber que... - não consegui terminar. E se ele me deixasse ali pendurada por eu ser uma simples virgem?

Eu estava com a pica toda e não percebia o porquê de ela ter parado. Recompos-me um pouco em cima da cama e rodeei a sua cintura com as minhas mãos. - Sim? - ergui o sobrolho, esperando que ela falasse.

Olhei-o de alto a baixo. Tão sexy. Tão giro. Tão... ah. Porque é que eu o tinha parado? - Esquece. - murmurei baixinho e revirei os olhos - É a minha primeira vez. - acabei por admitir. Mais tarde ou mais cedo, ele teria de descobrir.

- Ham.. - fiz um ar um pouco embaraçado. Cocei o couro cabeludo e olhei-a. - Então.. hum.. tu tens a certa que queres fazer isto? - perguntei. Sim, não fosse ela no dia seguinte, ir-se arrepender.

Ele era tão loiro. Tão, mas tão loiro. Se não quisesse fazer, não tinha feito. Como resposta sorri e coloquei-me de gatas, realçando as minhas curvas. Aproximei-me dele e beijei-o.

Correspondi ao seu beijo e acariciei a sua face, à medida que os meus lábios tocavam nos seus. Voltei a colocar as minhas mãos por baixo da sua saia e percorri-as pelas suas pernas. Depois desci com os meus lábios pelo seu pescoço.

Gemi levemente quando senti os seus lábios quentes no meu pescoço pálido e frio. Sentei-me ao colo dele de pernas abertas e com um braço percorri as minhas costas até chegar ao sutiã. Desapertei-o.

Ajudei-a a remover o seu próprio sotien e apreciei os seus seios. Um pequeno sorriso malicioso apareceu nos meus lábios e juntei-os aos seus mamilos. Com uma das minhas mãos, desapertei a sua saia.

Levei as minhas mãos às dele e tirei mais rapidamente a saia. Abri os olhos e mirei-o discretamente de alto a baixo. - Ainda assim? - murmurei-lhe ao ouvido e mordi-lhe o lóbulo da orelha, acompanhando o gesto a despir os calções dele.

Depois dos calçoes despidos, rodei-nos na cama, colocando-me por cima dela. Direccionei as minhas mãos para as suas cuecas e num àpice retirei-as com cuidado. Aproximei os meus lábios dos seus e beijei-os.

Oh meu deus, oh meu deus. Estava a acontecer tudo tão depressa, que nem tinha tempo de pensar. Derek estava à minha frente - nu - e eu estava prestes a quebrar todos os meus pensamentos dos últimos dez anos. Coloquei a minha mão à volta do pénis dele e, aumentando gradualmente a velocidade, masturbei-o.

Algum tempo depois, tirei a sua mão do meu pénis e entrelacei os nossos dedos. Tirei finalmente, o resto dos meus boxers e procurei um preservativo, algures pelos bolsos das calças. Assim que o encontrei, coloquei-o rapidamente e beijei os seus lábios. Sabia que era a sua primeira vez, ela dissera-o mesmo, pelo que entrei lentamente dentro de si.

Não posso deixar de admitir que estava nervosa. Bastante, até. Porém, o entusiasmo do momento não me deixou importar com ele. Em vez disso, apertei com força a mão de Derek e senti uma dor dentro de mim, no momento de penetração.

Beijei os seus lábios e continuei a movimentar-me lentamente dentro dela. Algum tempo, fui aumentando as intensidades. Puxei o seu corpo para mim e apoderei-me dos seus seios. Eu só lhe queria dar o máximo de prazer.

Senti a dor dentro de mim a aumentar, assim como o volume dos meus gemidos. Imaginei que qualquer pessoa normal não gemesse tão alto, mas afinal, eu era a Jade. No momento do auge dei um último guincho e quando finalmente Derek saiu de dentro de mim, suspirei, sem ter bem a certeza de alívio, ou já de alguma espécie de saudade.

Tirei o preservativo e dei-lhe um nó. Seguidamente puxei os boxers para cima e coloquei o preservativo dentro do caixote do lixo. Depois de lavar as mãos e ficar ainda alguns minutos dentro do wc, saí e sentei-me em cima da cama. Não acreditava no que eu tinha acabado de fazer. Provavelmente, Jade ia-me odiar, e eu mesmo já me odiava.

Nem lhe dei mais importância. Não estava com paciência para isso. Virei-me na cama, e, no meio dos lençóis, acabei por adormecer num sono profundo. Tinha sido um longo dia.

Aproveitei que ela tinha adormecido e fui-me vestir. O quarto já estava pago pelo menos para aquela noite, pelo que não havia problema algum em deixá-la ali. Tinha a consciência que aquilo faria de mim um cabrão da pior espécie, mas mesmo assim não parei. Mal me vim pronto, abri cuidadosamente a porta e saí dali para fora.

Acordei cedo, com o sol do exterior batendo-me na cara. Ainda de olhos semi-cerrados, espreguicei-me e rebolei na cama. De início, estava bem disposta, não me recordava do que tinha acontecido no dia de ontem. Mas, quando abri os olhos e deparei-me num quarto que não era o meu, tudo se alterou. As memórias vieram-me à cabeça uma a uma e senti um arrepio. As minhas mãos começaram a tremer e levantei-me, verificando que Derek não se encontrava ao meu lado - Derek? - chamei levemente, com uma voz tremida. Abri a porta da casa-de-banho. Também não estava lá. Encontrava-me sozinha. Surpreendentemente, não conseguia chorar, apesar de ter mais ainda que os motivos do costume para o fazer. Apanhei a minha roupa interior do chão e vesti-a, ainda aos tremeliques. Quando me olhei ao espelho, não reconhecia a Jade. Algo tinha mudado. Vesti o resto da roupa e, ainda despenteada da noite atribulada do dia anterior, dirigi-me à recepção onde acabei por perguntar a um dos rapazes que lá estava: - Passou por aqui algum rapaz alto, loiro... com um corpo que provavelmente o invejou? - o homem olhou para mim e com algum desprezo indicou-me que tinha saído ontem à noite. E agora? Estava abandonada. Outra vez! Não tinha bem a certeza se Derek me deixara ali só porque me tinha usado como uma boneca, ou se achou que fosse melhor para mim. Sem querer voltar a casa, sentei-me num dos sofás da entrada e após meia hora de impaciência, acabei por lhe enviar uma mensagem.