Ruas da Cidade

Se ela ia começar a ficar toda histérica, como estava a ficar, então mais valia eu ir-me embora.. quer dizer, eu ia-me mesmo embora, quer ela estivesse histérica ou não.. - Sim, ouviste bem, menos violenta.. - revirei os olhos e comecei a andar para fora dali.

A ira aumentou dentro de mim. Virei-me na direcção dele e dei-lhe outro estalo. - Nem penses que te vais embora assim. Eu tenho o direito de estar violenta. Tu tiraste-me a virgindade e depois deixaste-me sozinha no quarto, e nunca mais me dirigiste a palavra! Cabrãozinho! - acusei num tom alto. As pessoas olhavam agora mais atentamente, interessadas.

Chego no carro e destravo as portas, entrando longo em seguinda.
Aperto os cintos e me firmo no volante vendo ele se sentar ao meu lado.
- Preparado? Acho melhor apertar bem os cintos.
Proferi sorrindo pra ele, seu sorriso era muito bonito, assim como seus olhos.

Aperto meus cintos.
- Pronto, pode pisar no acelerador. - Digo a fitando, ela era linda.

- Você que manda.
Proferi pisando fundo no acelerador e sentindo o carro começar a cantar pneus no asfalto, aquilo era muito bom, 60...80...100...110 eu ja podia sentir a adrenalina circular por minhas veias, parecia ser mais nitro que sangue, aquilo era o que me fazia sentir viva, era o que eu era, correr me fazia sentir como se o ceu nunca fosse o limite, eu não vivia no limite, eu não tinha medo da vida.
- Pronto pra melhor parte?
Perguntei como na montanha russa, mas diferente dela aquilo iria ser bem melhor.
Troquei rapido a macha e pisei fundo no freio manobrando o volante, deixando que os pneus cantassem e fizesse minha especialidade, um Dift circular perfeito, levantei uma das mão e soltei um pequeno grito de empolgação, eu adorava aquilo.

Ela dirigia muito bem e aquilo me deixava muito empolgado, sentir a sensação do carro correndo sem destino, sem limites para nada, aquilo fazia parte de mim.
- Perfeito!!!! – Digo gritando a ela a minha adrenalina era tanto que eu não conseguia mais controlar o tom da minha voz só queria que ela acelerasse.
- Vamos dinovo? – Digo animado, queria correr mais e que não tivéssemos paradas e limites.

- Claro.
Proferi vendo sua cara animada e acelerando novamente, mas sem Dift, apenas deixando o carro seguir a 110km/h, a rua estava vazia então não teria problema de bater em nenhum outro carro.
Mil coisas passam por minha cabeça, junto a adrenalina, eu não sabia o que falar, apenas fiquei a fitar a pista esperando que ele falasse algo, mas não sabia ao certo o que.
- Então, parece que a garota que ocupar sua mente, ou parte de seu peito tem muita sorte, não é facil achar caras assim hoje em dia.
Senti-me proferi e pura besteira alias.

- Só me falta encontrar essa garota. – Digo a fitando por alguns segundos havia me esquecido de tudo e apenas pensado nela eu nunca havia me sentido assim por alguém.
- Isso é demais!! – Grito voltando a olhar para a pista tentando tira-la de meus pensamentos, o que estava acontecendo comigo?

Balancei a cabeça tentando tirar todos os pensamentos que minha mente formulou e voltei a atenção pra pista, aquele sorriso, até ele estando do meu lado eu não conseguia tirar da cabeça, o que esta acontecendo com você Kerli? pelo amor de deus, você não pode se apaixonar, você nunca foi disso, você quer liberdade e é essa liberdade que te faz voar, mas tava sendo em vão.
Sinto dar um meio sorriso pra ele.
- Talvez a encontre nesses dias.

- É... – Digo voltando a fita-la, sentia meu olhar perdido nela, eu não quero me apaixonar se eu me apaixonar vou querer me casar e se me casar minha vida sem rumo chegara ao fim.
- E seu coração já tem dono? – Pergunto ainda a fitando no fundo eu torcia para que ela estivesse livre mas minha razão queria o contrario, qual delas eu deveria seguir?

- Não...nunca teve.
Foi apenas o que falei.
Droga! eu estava aponto de dizer que talvez estivesse , eu não sabia mais de nada, minha cabeça tava confusa demais, mas no fundo sabia o que sentia, o que queria, mas não sabia se era o certo a fazer.
Apertei o volante sentindo minhas mãos soarem cada vez que ele me fitava, minha mente praticamente estava a imaginar coisas por si só, não por que eu queria, ou talvez quisesse, que diabos estava acontecendo?

Sorri de canto com a resposta dela, porque eu estou sorrindo?
Eu não posso me apaixonar, ficava me repetindo aquilo mentalmente mas parecia em vão, ela estava começando a me deixar sem jeito e isso era um sinal que eu estava gostando dela, e agora?
- Então.... gosta de fazer outra coisa alem de dirigir? – Pergunto a ela tentando distrair minha mente de assuntos românticos.

- Gosto de cantar.
Proferi, não ia começar a falar de minhas manias, ele concerteza iria rir de mim e me achar uma boba, principalmente quando falasse que passa uma hora na madrugada fitando o ceu do teclado, com uma pequena barraca que armei lá, isso soaria como uma net, isso apenas garotas romanticas faziam, eu não, mas estava a imaginar-me compartilhando minhas manias com ele, ferrou.
Eu estava ferrada.

- Cante algo para mim ouvir. – Falo olhando para ela, agora só me faltava eu me apaixonar pela voz dela, porque diabos fui começar essa conversa? Estava cada vez mais interessado nela mas eu não iria me entregar sem luta.

- Tudo bem, se rir eu arranco seu sorriso
Proferi seria, mas depois ri
- Brincadeira

Fiquei a pensar o que estava a acontecer, eu queria sim cantar pra ele e se ele me achar uma desafinada e sumir, havia essa possibilidade.
Me acalmeu um pouco e pensei na canção que tinha feito a pouco tempo, parecia sem sentido quando a fiz, mas quando comecei a cantar, eu podia sentir praticamente que aquilo podia ser uma declaração de uma boba apaixonada, mas era tarde, eu ja havia começado a cantar.


dakara soba ni ite

zutto datto itte

akuma no koe wo kakikesu made

ushinawanu youni

sotto tashikameru...

aoi chou

okiniiri no kamidome wo

unaji ni kazatte
Terminei por fim, cantando apenas um trecho da canção, meu rsoto formigava, me sentia corar, acho que ia ter um treco ali.

Ela cantava muito bem apesar de eu não entender japonês, o que será que ela tinha dito? De qualquer modo ela tinha um belo timbre de voz e a melodia era linda.
- Você é maravilhosa... quero dizer sua voz é maravilhosa – Estava tropeçando na minha própria língua e trocando as palavras, espero que ela não tenho percebido que eu estava atrapalhado.
- Mas traduzindo para o nosso idioma, o que quer dizer? – Profiro curioso e tentando disfarçar.

Sorrio percebendo que ele estava mais atrapalhado que eu, isso me faz ficar melhor, será que ele estava com a mesma vontade que eu naquele momento, fiquei curiosa, mordi o labio para tentar isolar a vontade, sempre fazia aquilo, mas parecia que minha mente só pensava em beija-lo, tava ferrado mesmo e não literalmente, mas em todos os sentidos possiveis.


Então esteja ao meu lado
E diga que é para sempre
Até que as vozes dos demônios desapareçam.
Para estar sem dúvidas de que não perderei você
Eu preciso ter a certeza


Uma borboleta azul -

Minha presilha de cabelo favorita,

Decora a minha nuca.

- Traduzindo fica mais ou menos assim
tentei cantarolar no nosso idioma atual, esperando que ele não desse aquele meio sorriso, se não meu rosto ficaria como um tomate novamente.

- Lindo!!!- Sorri para ela, ainda sem jeito aquela tradução me deixou me sentir mais estranho ainda, agora eu queria pega-la e levá-la comigo para sempre.... que isso Matthew? Tira esse sorriso bobo e apaixonado da sua cara e volte a ser o mesmo de antes, será que eu teria que dar uns tapas em mim mesmo para ver se eu voltava a terra?

Ele faz o que eu realmente temia, o meio sorriso surgi de seus labios e sinto meu rosto começar a arder, eu não sabia se me culpava por ter ido aquele parque, ou se ficava feliz, eu realmente não sabia.
Kerli, não podes se apaixonar, o que será de você, você pode mudar todo seu jeito e se tornar uma boba, apaixonada, Agh! Mas parecia que eu estava a gostar da ideia, pois continuava o fitando, parando finalmente o carro por que se continuasse iriamos para em Tokyo.

Ela para o carro, não sabia se eu abria a porta e fugia antes que fizesse algo que me arrependesse mas eu me sentia atraído por ela como um imã.
- Adora altas velocidades, é linda e ainda canta bem... você é perfeita. – Não sabia porque estava dizendo aquilo apenas quis dizer meu corpo cansou de obedecer minha mente e comecei a aproximar meus lábios dos dela até que a beijei, o que eu estava fazendo? Agora iria me apaixonar mesmo.

Ele proferi coisa me deixando ainda mais sem jeito e enquanto pensava em sair dali correndo antes de que algo pior acontecesse, corri apenas em minha mente, por que fiquei ali a fitar ele feito boba e ele me beija, agora era tarde.
Senti seus labios envolverem os meus ternamente e me enbalei ali junto, foi pior, por que não queria mais sair, era tarde, se eu não queria me apaixonar antes, agora eu estava, seu cheiro era tão bom.

A abraço enquanto nos beijamos se antes eu queria me afastar dela agora não quero mais, seu beijo era doce e envolvente e eu sabia que depois desse beijo eu ficaria mais louco por ela, a minha besteira já havia sido feita e o pior de tudo eu não estava nem um pouco arrependido com aquilo.

Eu estava cada vez mais envolvida, não tinha mais volta, ja era.
Depois de um tempo me afasta devagar e o fito, eu não sabia o que falar, o que deveria? Droga! Sua boba.

A fito, o que faço agora? Saio correndo, sorrio, me mato?
Fico paralisado diante dela, ela era tão linda, eu agora estava apaixonado e preso a ela.

Não sabia de certo o que fazer, eu não conseguia me mexer, eu so ficava ali o fitando com cara de boba, Droga! Não tinha outra escolha, o beijei novamente e seja o que tivesse que ser.