Cozinha + Sala de Jantar

Não queria saber se lhe tinha desarrumado a casa quase toda, eu só queria arranjar uma maneira de tirar o armário do quarto. Mas finalmente tinha encontrado o que queria: um isqueiro. Acendi-o de forma a puder tentá-lo e voltei a apagá-lo. Subi novamente até ao quarto.

Assim que cheguei à cozinha, procurei alguma coisa que se comesse naquele lugar. Estava esfomeada!
Tirei uma carcaça de um saco, abri alguns armários e o frigorífico, e meti tudo em cima da bancada, de forma a puder ter tudo à mão.

Quando saí do meu quarto fiz questão de trancar a porta. Aproveitei o facto de não estar ninguém na cozinha para posicionar três velas no chão. Depois voltei a repetir as palavras que me vinham à mente e as três velas acenderam-se.

Não é que eu me importasse de ficar no quarto com Jackson, mas aquilo era tudo tão aborrecido, quando eu estava acordada e ele estava a dormir. Às tantas, fartei-me de estar ali, pelo que saí do quarto. Foi então que vi Drake na cozinha.. com velas no chão e acesas? What the.. Olhei para ele. - Que.. ham.. - secalhar eu estava ali e não devia estar..

Olhei para trás e as velas apagaram-se imediatamente.
- Precisas de alguma coisa?

Olhei surpresa para aquelas velas. Mas, elas não estavam acesas?! Eu ia jurar que tinha visto as velas acesas, mas.. elas tinham-se apagado!
- Eu.. eu.. ham.. - ia dar meia volta, quando.. - Foste tu que fizeste isso?!

- Fui eu que fiz o quê?
Perguntei, fazendo-me de desentendido.

Semicerrei os olhos. Odiava quando as pessoas fingiam que não sabiam das coisas. E... eu não era maluca! Se fosse, porque é que as velas estavam ali?! - Drake, as velas.. - cruzei os braços ao peito. - As velas estavam acesas e apagaram-se.. quando te viraste, elas apagaram-se..

- Deve ter sido a corrente de ar.
Peguei nas velas e guardei-as de volta no armário.

Aproveitei que ele estava de costas, para lhe saltar para cima. Beijei a sua face.
- Agora és um lobinho mágico é?!

- Pára de ser irritante - Disse e sacudi.a, mandado-a contra a parede. Comecei a sentir as palmas da minha mão a ficarem quentes. Dei vários passos atrás e sentei-me na mesa de jantar.

Semicerrei os olhos, assim que fui contra a parede. Porque é que eu ainda me dava o trabalho de não fingir que ele não existia?! Pois eu ia ser irritante, muito irritante. Fui-me sentar no seu colo e peguei na sua cara, fazendo-me olhar. - Não gosto quando és bruto! - depois fiz beicinho. - Dá-me um beijinho..

- E eu não gosto quando és irritante e chata e criancinha.
Respondi secantemente - Nem morto.

- Mas tu não tens que gostar de nada! Só eu..
Puxei a sua bochecha.
- Oh, vá lá.. só um beijinho.

- Não me parece... o meu maninho podia ficar com ciúmes .
Gozei irónicamente, revirando os olhos.

Revirei os olhos. Como se eu tivesse alguma coisa com o seu irmão.
- Quero lá saber.. nós não temos nada. Vá, dá-me um beijinho..

- Não Alina. Estou neste preciso momento estou pronto para sair de casa e ir divertir-me, algures onde tu não estejas. Não te vou beijar - respondi, de olhos semi-cerrados.

- Mas eu não te perguntei nada.
Fiz uma careta. - Só disse para me dares um beijo, não para dizeres onde ias. - gozei. - Dá-me um beijo!

- Lá estás tu a achar que consegues ter tudo o que queres...
Afastei-a do meu colo e levantei-me - Podes continuar à espera mas não vai acontecer. Adeus Alina - Sorri divertidamente e saí de casa pela porta as traseiras.

Encolhi os ombros. Coloquei um sorriso grande nos lábios e fui a saltitar para a sala de estar.
Sentei-me num dos sofás e fiz companhia a Jon que dormia calmamente nele.

Entrei na sala de jantar e seguidamente na cozinha. Não estava habituada a comer tanto. Aliás, comida, nem era o meu forte, mas não evitava em ter todos aqueles desejos e apetites enormes! Agora que Drake se fora embora, feliz ficara, mas depois de ter ficado a saber, que Jackson viria daqui a um dia ou dois, eu ficara radiante! Peguei em qualquer coisa e depois de pronta, fui comer para a sala.

Na verdade não comi nada. Não estava com apetite para nada desde...hum, bem, desde aquele dia em que levara com os pés. Apenas por pensar no bebé e em toda a minha farça, fiz três sandes para ela e levei-as até à sala.

Não precisei de ligar a luz. Apenas me dirigi ao frigorífico e tirei de lá uma cerveja. Por momentos ainda ponderei em comer mas decidi não o fazer, ainda. Fui encostar-me às portas das traseiras e abria-a. Fitei a lua. Dalí a uma semana seria lua cheia novamente e eu não fazia a menor ideia do que ia acontecer.

Naquela noite não consegui pregar olho. Por isso limitei-me a ficar ali, quieto. Havia tantas coisas a passarem-se na minha cabeça. Tanas e indesejadas, também.
De manhã, quando apareceram os primeiros raios de sol, fui acordar Alina.